O conflito entre os favoráveis à existência da temática de gênero na escola e os agentes e instituições contrários, evidenciou também um repertório de argumentos utilizados por ambas as partes. O poderio de argumentação foi fundamental para a sustentação das posições defendidas, bem como para que estas reverberassem em outros campos e segmentos sociais, ampliando assim o apoio e a adesão de novos agentes à disputa em curso. A partir deste quadro exponho sobre o que considero serem as repercussões ou os impactos das ações da coalizão conservadora formada, de sua retórica e dos medos sociais desenvolvidos. Nesse sentido, trago para este artigo uma breve análise de projetos recentes que são permeados pela retórica conservadora e fortalecidos no contexto de pânico moral estabelecido como o Movimento Escola Sem Partido, a retirada de gênero dos planos municipais e estaduais de educação e da Base Nacional Comum Curricular.