NEGANDO POLÍTICAS DE MORTE E CURRÍCULOS DA EDUCAÇÃO (DE TEMPO) INTEGRAL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29327/268346.6.13-1

Palavras-chave:

Currículo, Educação Integral, Necropolítica, Negacionismo

Resumo

A pandemia de Covid-19 instituiu uma crise sanitária e humanista no mundo sem precedentes. No Brasil essa situação, assumiu uma face ainda mais dramática, devido a crise política acentuada desde o processo de Impeachment, constantemente negando a ciência, sonegando dados e desdenhando do sofrimento e luto de milhares de brasileiros. Esse aspecto político foi crucial para o desdobramento da política de controle social através da morte, um dilema entre fazer viver ou deixar morrer - ou definir quem sobrevive e quem morre - a chamada necropolítica, como define o conceito do filósofo camaronês Achille Mbembe (2018). Frente a esse cenário o dossiê CURRÍCULOS DA EDUCAÇÃO (EM TEMPO) INTEGRAL EM TEMPOS DE NEGACIONISMO E NECROPOLÍTICA reuniu textos nacionais e internacionais que analisaram o processo de reorganização dos currículos da Educação (em tempo) Integral para o Ensino Remoto percebendo-a dentro de um contexto político amplo e complexo em que de um lado temos aspectos históricos das políticas educacionais marcados pelo Plano Nacional de Educação (2014-2024) e das políticas curriculares com a Base Nacional Comum Curricular frutos de reformas e experiências curriculares desencadeado em diferentes países. Enquanto que do outro lado, a pandemia da COVID-19 impôs uma nova conjuntura às práticas curriculares em que se fez necessário problematizar as relações em seus diferentes tempos e espaços.

Biografia do Autor

Rafael Ferreira de Souza Honorato, Universidade Federal da Paraíba - UFPB

Doutor e Mestre em Educação pelo Programa de Pós-graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), na linha de Políticas Educacionais (PE), integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Curriculares (GEPPC) e membro da equipe editorial da Revista Espaço do Currículo (REC) . Possui especialização em Gênero e Diversidade na Escola (2015), licenciatura em Pedagogia (2016) pela Universidade Federal da Paraíba e licenciado em matemática pela Universidade Vale do Acaraú (2011). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em currículos, atuando principalmente nos seguintes temas: avaliação, gênero, EJA e Socioeducação.

Ana Cláudia da Silva Rodrigues, Universidade Federal da Paraíba - UFPB

Possui Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Federal da Paraíba (1994), graduação em Ciências Agrárias pela Universidade Federal da Paraíba (2003), mestrado em Educação pela Universidade Federal da Paraíba (2003) e doutorado em Educação pela Universidade Federal da Paraíba (2012). Atualmente é professora do Magistério Superior da Universidade Federal da Paraíba. Tem experiência na área de Educação com ênfase em Currículo, atuando principalmente nos seguintes temas: políticas educacionais, currículo, educação integral, educação do campo e formação de professores. Editora da Revista Espaço do Currículo. Credenciada no Programa de Pós-graduação em Educação-UFPB, na linha de Políticas Educacionais. Vice-líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Curriculares; membro dos Grupo de Estudos e Pesquisas em Currículo e Práticas Educativas; Grupo de Estudos e Pesquisas de Práticas Educativas na Educação de Jovens e Adultos e Grupo de Pesquisa Currículos, Cotidianos, Culturas e Redes de conhecimentos - UFES. Faz parte da Rede Latino-Americana de Estudos Epistemológicos em Política Educacional.

Rafael Marques Gonçalves, Universidade Federal do Acre

Professor da Universidade Federal do Acre - Campus Cruzeiro do Sul. Doutor em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (ProPEd) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Mestre em Educação (2012) e Pedagogo (2007) pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação, Currículo, Práticas Cotidianas, Formação e Cotidiano Escolar.

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Publicado

2022-08-02

Como Citar

HONORATO, R. F. de S. .; RODRIGUES, A. C. da S. .; GONÇALVES, R. M. NEGANDO POLÍTICAS DE MORTE E CURRÍCULOS DA EDUCAÇÃO (DE TEMPO) INTEGRAL. Communitas, [S. l.], v. 6, n. 13, p. 1–10, 2022. DOI: 10.29327/268346.6.13-1. Disponível em: https://periodicos.ufac.br/index.php/COMMUNITAS/article/view/6205. Acesso em: 25 abr. 2024.

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