Este artigo aborda a temática da financeirização da educação no Brasil, analisando seu avanço e impacto no período pós-pandêmico. Através de uma revisão da literatura, foram identificados estudos que destacam a crescente mercantilização da educação e o aumento da influência do setor financeiro nas políticas educacionais. Autores como Ferreira, Oliveira, Santos e outros apontam para a transformação da educação em um produto comercial, com possíveis efeitos negativos, como a marginalização de estudantes de baixa renda. A pandemia de COVID-19 acelerou essa tendência, com grandes grupos educacionais privados buscando oportunidades em meio à volatilidade do mercado. Os dados do Censo de Educação Superior revelam o aumento da participação do setor privado na educação, especialmente no ensino superior. Observa-se também o aumento da presença de investidores e fundos de investimento, o que pode resultar na redução de custos e precarização das condições de trabalho dos professores. Os grandes grupos educacionais privados se adaptaram ao ensino a distância durante a pandemia, investindo em plataformas digitais e soluções adicionais para garantir sua sobrevivência e aumentar sua participação no mercado. No entanto, é necessário avaliar os possíveis impactos negativos da financeirização, como disparidades educacionais e perda dos valores tradicionais da educação. Futuras pesquisas devem aprofundar o entendimento sobre o fenômeno e subsidiar políticas e práticas educacionais que promovam a equidade e qualidade da educação no país.