Este artigo se insere no campo das discussões sobre o currículo e as políticas-práticas curriculares e objetivou compreender as dimensões de hegemonização das políticas curriculares nas produções científicas da atualidade. Para tanto, dialogamos com autores como Araujo e Lopes (2021) e Frangella (2021), para a compreensão do currículo enquanto um espaço de negociação de significações, sendo esse precário e provisório. A análise dos dados tomou como lente teórico-metodológica a Teoria do Discurso (Laclau; Mouffe, 2015). A partir da análise de dados, identificamos o currículo enquanto um campo de disputas políticas, atravessado por uma dimensão hegemônica que busca uma ordem social. Nessa linha, as bases comuns curriculares operam em uma lógica de aproximação com a perspectiva empresarial, produzindo efeitos danosos para o processo de ensino-aprendizagem. Entretanto, na contramão das tentativas de estabilização, o cotidiano escolar é atravessado por discursividades outras, produzindo novos sentidos e formas de se fazer currículo.