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Demanda Contínua

v. 4 n. 8 (2020): DESDOBRAMENTOS: PAISAGENS LITERÁRIAS NO SÉCULO XXI

ESCOLA INTEGRAL DE ENSINO MÉDIO: : O DISCURSO DA NOVIDADE CURRICULAR DA ESCOLA JOVEM

Enviado
novembro 10, 2020
Publicado
2020-12-15

Resumo

O presente artigo analisa aspectos de três documentos curriculares oficiais do Ensino Médio da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte do Acre - SEE/AC ou adotados por essa unidade estatal. São objetos de análise as Diretrizes Operacionais da Escola Jovem (ACRE, 2016); Cadernos de Orientações Curriculares para o Ensino Médio (ACRE, 2010) e o Caderno de Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo do Instituto de Corresponsabilidade pela Educação - ICE (ICE, 2015b). Nosso objetivo é examinar o desenho curricular a partir da perspectiva adotada nesses documentos. Nas análises, dialogamos principalmente com os aportes teóricos de Hall (1997), Foucault (2000), Laclau e Mouffe (2004; 2010), Canclini (1997) e com os seguintes críticos: Candau (1999), Lopes (2001), Freitas (2012), Veiga-Neto (2000; 2003), Lopes e Macedo (2011), Ball, Bowe e Gold (1992), Arroyo (2017), Silva (1995). Importou-nos analisar os documentos em foco, fazendo uma exegese entre aspectos que emergem deles, tentando detectar características diferenciadas que se possa apontar como as novidades prometidas nos discursos empreendidos nas Escolas Jovens do Acre. A partir dos documentos analisados, não encontramos descontinuidades ou rupturas com o desenho curricular anunciado no primeiro e no segundo documento, enxergamos uma roupagem mais “nova”, no sentido da perspectiva visual, estética e atraente a partir de um discurso redentor e salvador para promover uma transformação na vida de estudantes. Observamos que não há deslocamentos na compreensão de currículo, sobretudo porque ambos reforçam o trabalho a partir de competências, de modo prescritivo e sustentado pelo poder dominante.

 

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