Mestre e Doutor em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atua como Professor na Universidade Federal Fluminense. É líder do Grupo de Estudos e Pesquisa Conservadorismo e Educação Brasileira (GEPCEB) e Sub-líder do Grupo de Estudo e Pesquisa Gêneros, Sexualidades e Diferenças nos Vários EspaçosTempos da História e dos Cotidianos (GESDI). E-mail: jamsepulveda3@hotmail.com
É comum ouvirmos que brincadeiras e piadas sempre existiram na escola e que isso não devia ser visto como práticas de bullying. Contudo, pesquisas desenvolvidas (SEPULVEDA, 2012; FREITAS, 2010; JUNQUEIRA, 2014) nos últimos anos evidenciam que tais ações são formas de exclusões envolvendo o contexto escolar. Estas opressões podem ser caracterizadas por atos contínuos de abuso, sejam estes físicos, verbais ou materiais, numa relação desigual entre xs envolvidxs. A LGBTIfobia são formas de bullying praticados contra lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, travestis e intersexuais e se configuram como práticas de exclusões. Apesar da ascensão do tema, a LGBTIfobia não é apenas um problema educacional, pois está presente na sociedade como um todo. Portanto, não cabe apenas a esta instituição tentar resolver tal questão, pois também é social, uma vez que afeta a qualidade de vida e o bem-estar de todxs xs abrangidxs. A escola, muitas vezes, e aqui precisamos afirmar, que não são todas as escolas, pois cada uma é diferente da outra, não estão isentas de reproduzirem tais fenômenos sociais contra grupos minoritários, mas acima de tudo é um espaço de educação e de socialização. Contudo, também não podemos deixar de analisar que as práticas de exclusão LGBTIfóbicas que ocorrem em algumas dessas instituições, como reprodutoras do que está presente na sociedade, precisam ser problematizadas neste artigo, pois levam muitxs alunxs LGBTIS+ ao sofrimento (SEPULVEDA, 2012 e 2015).
Referências
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