Ir para o menu de navegação principal Ir para o conteúdo principal Ir para o rodapé

Dossiê Temático

v. 4 n. 7 (2020): BLACK MIRROR E EDUCAÇÃO

DO JOGO DA AMARELINHA A BANDERSNATCH: OS CAMINHOS NARRATIVOS DA HIPERFICÇÃO

Enviado
janeiro 15, 2020
Publicado
2020-05-29

Resumo

O presente artigo pretende explorar o conceito de hiperficção a partir de duas narrativas analógicas apresentadas na metade do Século XX, especificamente O Jardim dos caminhos que se bifurcam, de Jorge Luis Borges (1941), e o Jogo da Amarelinha, de Julio Cortázar (1963), para desenvolver uma análise da narrativa digital de Bandersnatch, primeiro filme interativo elaborado pelos criadores do seriado Black Mirror, lançado em dezembro de 2018 na plataforma em streaming Netflix. Quando adentra o suporte digital, a hiperficção possui a caraterística marcante de possibilitar a interação mediada pelo hipertexto, em maior ou menor medida, permitindo o leitor/espectador/usuário de decidir sobre os rumos da história. A reflexão apresentada neste artigo pretende, portanto, entender esses novos caminhos narrativos da ficção na era da hipermídia, conceituada como hiperficção – um fenômeno contemporâneo que apaga as fronteiras demarcadas entre literatura, filmes, games e hipertextos.

 

Referências

ARISTÓTELES; HORÁCIO; LONGINO. A poética clássica. Tradução por Jaime Bruna – 12.Ed- São Paulo: Cultrix, 2005.

BORGES, J. L. O Jardim dos caminhos que se bifurcam. Em: Ficções. Tradução de José Colaço Barreiros. Linha-a-Velha: Abril /Controljornal, 2000.

CAMPBELL, J. O herói de mil fases. São Paulo: Pensamento, 1995.

CORTÁZAR, J. O jogo da Amarelinha. Tradução: Eric Nepomuceno. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

ECO, U. Seis passeios pelos bosques da ficção. São Paulo: Companhia das letras, 1994.

FIELD, S. Manual do roteiro: os fundamentos do texto cinematográfico. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

HERRERO, H. M. Hiperficción. Alicante: Cinestesia, 2015.

ORIHUELA, J. L. El narrador en ficción interactiva. El jardineiro y el laberinto. Em: Quién cuenta la historia. Estudios sobre el narrador en los relatos de ficción y no ficción. Pamplona: Ediciones Eunate, 1999. Disponível em https://webs.ucm.es/info/especulo/hipertul/califia.htm
(Acesso em 2/11/2019).

SCOLARI, C. Bandersnatch: apuntes sobre la construcción del teleusuario. En: Hipermediaciones, 2019. Disponível em: https://hipermediaciones.com/2019/01/06/bandersnatch/ (Acesso em 15/12/2019)
SILVA, M. Sala de aula interativa. São Paulo: Loyola, 2012.

SILVA, M.; SANTOS, E. Conteúdos de aprendizagem na educação on-line: inspirar-se no hipertexto. Educação & Linguagem, v.12, n.19, 2009, p. 124-142. Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/EL/article/viewFile/817/885
(Acesso em 10/11/2017).

SANTAELLA, L. Comunicação ubíqua. Repercuções na cultura e na educação. São Paulo: Paulus, 2013.

XAVIER, A. Desafio do hipertexto e estratégias de sobrevivência do sujeito contemporâneo. Estudos da Lingua(gem), v.13, n.2, 2015, p. 73-90.