O artigo discute o contexto em que o conservadorismo ressoa como pauta de ações políticas e sociais, tornando as práticas docentes alvos de questionamentos e ataques. Tem por objetivo problematizar a progressiva desautorização da autonomia e do saber profissional docentes na produção de currículos, disseminada pela onda conservadora. Metodologicamente a investigação é desenvolvida com base nas pesquisasnosdoscom os cotidianos e no trabalho com narrativas e encontros em pesquisas com a formação docente. Relaciona o contexto econômico, político e cultural contemporâneo com a emergência do fascismo social, apontando seus efeitos em tentativas de descredibilização da docência por movimentos conservadores. Entende, frente ao avanço do conservadorismo sobre a educação, que as escolas são espaços de produção de conhecimentos, sentidos e valores que tensionam a hegemonia, valorizando a produção de práticas formativas e curriculares mais solidárias e democráticas como formas de resistências.