Compreendendo a escola pública como lócus de formação humana e como espaço demarcado por embates políticos e culturais, o molde linear e hierarquizado das prescrições curriculares oficiais se manifesta na vida escolar dos sujeitos que a compõem de forma autoritária e classificatória, relegando para ramos desvalorizados os conhecimentos produzidos nos/dos/com os cotidianos. A modernidade trouxe consigo a concepção de um modelo epistemológico único, o que difere o conhecimento científico dos demais, subalternizando aquilo que é produzido no dia a dia e criando formas de desvalorização e injustiça cognitiva. A pesquisa objetiva, assim, investigar esses cotidianos invisibilizados pelo modelo hegemônico que rege os sistemas de ensino, delineando práticas curriculares emancipatórias que visem à igualdade e à justiça cognitiva entre os indivíduos. Contrapondo-se ao reducionismo, as pesquisas nos/dos/com os cotidianos nos trazem a impossibilidade de estabelecer um fim em si mesmo para as discussões apresentadas, mas oferecem caminhos para relações ecológicas entre conhecimentos visando a uma escola democrática e plural.