Possui graduação em Filosofia pelo Centro Universitário Fluminense (UNIFLU) - Faculdade de Filosofia de Campos (FAFIC), Especialização em Supervisão Escolar pelas Faculdades Integradas de Jacarepaguá (FIJ), Mestrado em Ciências das Religiões pela Faculdade Unida de Vitória (FUV) e Doutorando em Educação pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Membro permanente de comissão de autorização de funcionamento de estabelecimento privado de Ensino Fundamental, Médio, Técnico de Nível Médio e Formação de Professores (SEEDUC/RJ). Membro da Câmara de Extensão do Campus UFRJ-Macaé, Coordenador do Circuito Universitário do Campus UFRJ-Macaé e Técnico em Assuntos Educacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professor Inspetor Escolar da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (SEEDUC/RJ - LICENCIADO EM 24/01/2020), Ex-Professor de Filosofia da Secretaria Estadual de Educação do Estado do Rio de Janeiro (SEEDUC/RJ), Diretor Adjunto do C. E. Jornalista Álvaro Bastos - CEJAB/SEEDUC-RJ. Membro do Conselho Municipal de Saúde de Macaé (Gestão 2021 - 2023).
No que concerne as campanhas publicitárias veiculadas no país, percebe-se que ninguém reclama quando os protagonistas são brancos e heterossexuais. Todavia, o que acontece quando o protagonista é gay? De fato, foi observado que imediatamente após a publicação das cenas do anúncio do novo Polo, no perfil da Volkswagen Brasil no Instagram, muitos internautas se juntaram para acusar a marca de prática de lacração, termo comumente empregado nas redes sociais para hostilizar, menosprezar e ridicularizar o protagonismo de pobres, negros, mulheres e, sobretudo, de LGBTQIA+ nos comerciais. Mas, por outro lado, as polêmicas e controvérsias em torno das características de inclusão e diversidade da peça publicitária da VW, mostraram que a estratégia de marketing espontâneo da empresa foi bem-sucedida, tendo em vista que as cenas do anúncio viralizaram rapidamente nas redes sociais. Ampliando, assim, exponencialmente o alcance midiático da montadora. Além disso, no que diz respeito a produção de discurso a favor e contra a iniciativa da VW, a leitura e análise dos comentários, por amostragem, que foram postados no Instagram da empresa, revelaram que a linguagem foi utilizada para afirmar determinadas identidades, através da marcação de diferenças.
Citas
BICCA, Angela Dillmann Nunes. Publicidade, tecnologia e identidades culturais. In: WORTMANN, Maria Lúcia Castagna (Org.) et. al. Ensaios em Estudos Culturais, Educação e Ciência: a produção cultural do corpo, da natureza, da ciência e da tecnologia - Instâncias e práticas contemporâneas. Porto Alegre: Editora UFRGS, 2007.
BORGES, Rosane. Mídias, racismos e outras formas de destituição: elementos para o reposicionamento do campo da comunicação. In: CORRÊA, Laura Guimarães (org.). Vozes negras em comunicação: mídias, racismos e resistências. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.
COELHO, Fernanda Marina Feitosa; DIAS, Tainah Biela; MARANHÃO FILHO, Eduardo Meinberg de Albuquerque. “Fake news acima de tudo, fake news acima de todos”: Bolsonaro e o “kit gay”, “ideologia de gênero” e fim da “família tradicional”. Revista Eletrônica Correlatio. São Paulo, vol. 17, n. 02, p. 67-99, dez, 2018. Disponível em: https://www.metodista.br/revi
COSTA, Marisa Vorraber. Sobre a contribuição das análises culturais para a formação de professores no início do século XXI. Educar em Revista, Curitiba, n. 37, p.129-152, mai-agos, 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/er/a/d89SJcZ3VGHZchmNppvnt
QN/?format=pdf&lang=pt Acesso em: 15 mai. 2022.
COSTA, Marisa Vorraber; SILVEIRA, Rosa Hessel; SOMMER, Luis Henrique. Estudos culturais, educação e pedagogia. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 23, p. 23-61, mai/jun/jul/ago, 2003. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/FPTpjZfwdKbY
qWXgBpLNCN/?format=pdf&lang=pt Acesso em 20 mai. 2022.
FISCHER, Rosa Maria Bueno. O dispositivo pedagógico da mídia: modos de educar na (e pela) TV. Revista Educação e Pesquisa. São Paulo, v. 28, n. 1, p. 151-162, jan-jun, 2002. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ep/article/view/27882 Acesso em: 10 mai. 2022.
FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. Trad. Luiz Felipe Baeta Neves. 7. Ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008.
GIROUX, Henry. Praticando Estudos Culturais nas Faculdades de Educação. In: SILVA, Tomaz Tadeu da (org.). Alienígenas na sala de aula: uma Introdução aos Estudos Culturais em Educação. Petrópolis: Editora Vozes, 2008.
GIULIANI, A. C. Marketing em um Ambiente Globalizado. São Paulo: Cobra, 2003.
HALL, Stuart. Cultura e Representação. Rio de Janeiro: Editoras PUC-RIO / Apicuri, 2016.
LUZ, Victoria Vilasanti da. Comportamento do consumidor na era digital [livro digital]. Curitiba: Contentus, 2020.
RAMOS, Nicoli Peroza. Amor romântico para consumo: pedagogias do relacionamento na rede social Adote um Cara. 131 fls. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Educação (Mestrado em Educação), Universidade Luterana do Brasil, Canoas, 2021. Disponível em: https://servicos.ulbra.br/BIBLIO/PPGEDUM309.pdf Acesso em: 13 mai. 2022.
SANTOS, Aloha Boeck de Arruda. Pedagogias da popularização política: a urgência opinativa nas redes sociais a partir das fanpages de Gregório Duvivier e Danilo Gentili. 152 fls. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-Graduação em Educação (Mestrado em Educação), Universidade Luterana do Brasil, Canoas, 2019. Disponível em: https://servicos.ulbra.br/BIBLIO/PPGEDUM275.pdf Acesso em: 20 mai. 2022.
SILVA, M. C. M. Redes sociais intraorganizacionais informais e gestão: um estudo nas áreas de manutenção e operação da planta HYCO-8, Camaçari, BA. 222 fls. Dissertação (Mestrado). Mestrado em Administração, Escola de Administração, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2003
SILVA, Thomaz Tadeu da. Teoria cultural e educação: um vocabulário crítico. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
SILVA, Tomaz Tadeu da. A produção social da identidade e da diferença. In: SILVA, Tomaz Tadeu da. Identidade e Diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais. Petrópolis: Editora Vozes, 15. ed, 2014.
SOLOMON, Michel. O comportamento do consumidor: comprando, possuindo e sendo. São Paulo: Bookman, 2012.
STEINBERG, Shirley. Kindercultura: a construção da infância pelas grandes corporações. In: SILVA, Luiz Heron da; AZEVEDO, José Clóvis de; SANTOS, Edmilson Santos dos (Orgs.). Identidade Social e a Construção do Conhecimento. Porto Alegre: SMED, 1997.
WOODWARD, Kathryn. Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: SILVA, Tomaz Tadeu. Identidade e Diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais. Petrópolis: Editora Vozes, 15. ed, 2014.