POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE E AS QUESTÕES DE GÊNERO E SEXUALIDADE

Autores/as

  • Gabriella Eldereti Machado Universidade Federal de Santa Maria
  • Andréa Becker Narvaes Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA https://orcid.org/0000-0001-5908-4753
  • Valeska Maria Fortes de Oliveira Universidade Federal de Santa Maria

Palabras clave:

Formação docente. Imaginário Social. Políticas públicas. Gênero e Diversidade.

Resumen

El propósito de este texto es describir cómo se presentan las cuestiones de género y sexualidad en las políticas de formación docente, a través del método documental. Se advierte que el discurso de odio en relación con el género y la diversidad sexual se expresa abiertamente en debates públicos y en las redes sociales, contribuyendo al aumento de los prejuicios y la discriminación contra quienes escapan a patrones heteronormativos y binarios de género y sexualidad. Se observó que la política nacional de formación docente materializada en la Resolución No. 2 de 2015 tiene repercusiones a nivel local en los planes de estudio de los cursos de pregrado que incorporan la discusión de la diversidad de género y sexo en sus propuestas formativas. En las matrices curriculares de las titulaciones universitarias en estudio, se encontró que de 2017 a 2020 el número de cursos de formación inicial docente que tenían asignaturas que abordaban la temática de diversidad de género y sexualidad en su currículo, aumentó significativamente. Creemos que la incorporación del debate sobre la diversidad en la formación del profesorado puede contribuir a ampliar los repertorios imaginarios y biográficos en la construcción de una sociedad democrática.

Biografía del autor/a

Andréa Becker Narvaes, Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA

Possui graduação em Ciências Sociais, Bacharelado e Licenciatura pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1985), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria (1995) e doutorado em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria (2012). Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA).

Valeska Maria Fortes de Oliveira, Universidade Federal de Santa Maria

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Santa Maria (1986), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria (1990) e doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1995). Realizou o Pós-Doutorado na Faculdade de Ciências da Educação da Universidade de Buenos Aires, Argentina (2007). Coordena o Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação e Imaginário Social (GEPEIS), criado em 1993 e consolidado no CNPq. Realiza junto com o Grupo GEPEIS projetos de formação cultural no âmbito da UFSM e fora dela : Ouvindo Coisas: outras formas de estar juntos e Cirandas do Imaginário. Foi bolsista de Produtividade em Pesquisa no CNPq até 2012. Coordenou o Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSM de 1998 até 2001. Professora Titular do Departamento de Fundamentos da Educação do Centro de Educação da UFSM, desde 1997. 

Citas

ANDRÉ, Marli. Formação de professores: a constituição de um campo de estudos. Educação, Porto Alegre, v. 33, n. 3, p. 174-181, set./dez. 2010.
BRANCHER, Vantoir Roberto e OLIVEIRA, Valeska Fortes de. (Re)simbolização da docência: entre imaginários e saberes na defesa do protagonismo dos professores. In: BRANCHER, Vantoir Roberto e OLIVEIRA, Valeska Fortes de. (Orgs.) Formação de Professores em tempos de incerteza. Imaginários, narrativas e processos autoformadores. Jundiaí, Paco Editorial, 2017.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Resolução CNE/CP n. 02/2015, de 1º de julho de 2015. Brasília, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, seção 1, n. 124, p. 8-12, 02 de julho de 2015.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 2, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2019. Diário Oficial da União, Brasília, 15 de abril de 2020, Seção 1, pp. 46-49.
Brasil. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Plano Nacional de Educação PNE 2014-2024: Linha de Base. – Brasília, DF : Inep, 2015.
BRASIL. Lei 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Leis ordinárias. Brasília: Casa Civil da Presidência da República Federativa do Brasil/Subsecretaria para Assuntos Jurídicos, 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC 2ª versão. Brasília, DF, 2016.
BRASIL. Presidência da República. Secretaria de Políticas para as Mulheres. Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. Brasília: Secretaria de Políticas para as Mulheres, 2013.
BRASIL. Resolução CNE/CP 1/2002, de 18 de fevereiro de 2002. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de professores da educação básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Documento aprovado em 18.02.2002, publicado no DOU em 09.04.2002. 2002a.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: pluralidade cultural, orientação sexual / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
CARVALHO, Christina Vargas Miranda; SILVEIRA, Hélder Eterno da. Diretrizes Curriculares Nacionais para formação docente: em foco as alterações de 2015. Momento: diálogos em educação, E-ISSN 2316-3100, v. 27, n. 2, p. 141-156, mai./ago, 2018.
CASTORIADIS, Cornelius. A instituição imaginária da sociedade. Tradução de Guy Reynaud revisão técnica de Luiz Roberto Salinas Fortes. – Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1982.
CASTORIADIS, Cornelius. As encruzilhadas do labirinto, III: o mundo fragmentado. Tradução Rosa Maria Boaventura. – Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987-1992.
CASTORIADIS, Cornelius. El Imaginario Social Instituyente. Zona Erógena. Nº 35. 1997.
DAVIS, Angela. Mulher, raça e classe. 1ª publicação na Grã Bretanha. The Women’s Press, Ltda.1982.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero e sexualidade: pedagogias contemporâneas. Pro-Posições, v. 19, n. 2 (56) - maio/ago. 2008.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação. Uma perspectiva pós-estruturalista. 6ª Ed. - Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.
LOURO, Guacira Lopes. O corpo estranho. Ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
PRECIADO, Paul B. Manifesto contrassexual. Tradução Maria Paula Gurgel Ribeiro. – São Paulo: n-1 edições, 2017.
SCHEIBE, Leda. Formação de professores no Brasil A herança histórica. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 2, n. 2-3, p. 41-53, jan./dez. 2008. Disponível em: <http//www.esforce.org.br>. Acesso em: 08/09/2020.
SCOTT, Joan Wallach. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Revisão de Tomaz Tadeu da Silva a partir do original inglês; Tradução da versão francesa por Guacira Lopes Louro. Educação & Realidade. Porto Alegre, vol. 20, nº 2, jul./dez. 1995, pp. 71-99.
UNESCO. Orientações técnicas de educação em sexualidade para o cenário brasileiro: tópicos e objetivos de aprendizagem. ‐‐ Brasília : UNESCO, 2013.

Publicado

2021-03-30

Cómo citar

ELDERETI MACHADO, G.; ANDRÉA BECKER NARVAES; VALESKA MARIA FORTES DE OLIVEIRA. POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DOCENTE E AS QUESTÕES DE GÊNERO E SEXUALIDADE. Communitas, [S. l.], v. 5, n. 9, p. 218–239, 2021. Disponível em: https://periodicos.ufac.br/index.php/COMMUNITAS/article/view/4798. Acesso em: 17 ago. 2024.