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Dossiê Temático

Vol. 4 Núm. 7 (2020): BLACK MIRROR E EDUCAÇÃO

REFLEXÕES SOBRE GÊNERO EM “BLACK MIRROR”:: DELICADOS FIOS DO CONTROLE E DA SUBJETIVIDADE CIBORGUE EM “SAN JUNIPERO”

Enviado
September 29, 2019
Publicado
2020-05-29

Resumen

Este artigo tem o objetivo de analisar os atravessamentos de gênero no episódio “San Junipero”, da terceira temporada da série Black Mirror, exibida pela Netflix. As questões relativas ao conceito de gênero estabelecidas na história de duas mulheres em que a tecnologia estabelece a mediação das experiências vividas por elas são tomadas sob as noções de sociedade do controle em Deleuze (1992), da concepção ciborguiana de Haraway, Kunzuru e Silva (2000) e da epistemologia do armário em Sedgwick (2007). Estes orientadores analíticos apontam alguns sentidos que se inscrevem numa aparente visão otimista sobre vida e morte, sobre eternidade, sobre amor, sobre a transferência da consciência e dos desejos entre mulheres bissexuais e lésbicas. Como metodologia, utilizamos as práticas de análises de audiovisuais a partir das concepções de leitura realista e leitura subversiva de Flick (2009). A narrativa do episódio aponta possibilidades interpretativas em diferentes níveis de significado. Um deles se inscreve num confinamento da lesbianidade das protagonistas a partir de elementos da sociedade de controle, da ideia de reclusão no armário e da automatização do humano e das orientações sexuais dissidentes do padrão heteronormativo. A morte, a eternidade e a felicidade não são idílicas, nem salvadoras, nem redentoras.

Citas

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