RÉINSCRIRE L'ESTHÉTIQUE DANS L'ÉTHIQUE: VERS UNE PHILOSOPHIE ÉCOCRITIQUE DE LA LITTÉRATURE
Résumé: Écrire le vivant devient aujourd'hui une tâche tout aussi urgente qu'approximative car, au cœur de l’imbrication actuelle du politique dans l'écologique, de l'économique dans le social, de l'humain dans le non-humain et du privé dans le public, raconter le vivant ne peut plus se contenter d'être un thème ou une discipline. Notre article tente de démontrer l'importance de la connexion entre l'esthétique et l'éthique, la langue et le lieu, l’écriture et l’écologie dans le texte littéraire. Il s'agit de reconsidérer le rapport entre la culture et l'espace à travers l'introduction d'un humanisme écologique, notamment d'une philosophie écocritique. Nous introduisons la notion d'écologie littéraire à travers la présentation d'un personnage écologiquement hybride de la littérature contemporaine: l'Iguane[1] d'Anna Maria Ortese[2]. La littérature du rêve, étudiée d’un point de vue écocritique, nous permet d’imaginer des rencontres improbables; celle de l’humain avec le non-humain, du réel avec l’indéchiffrable. Pour ce faire, elleinterroge non pas le visible mais l'invisible créant ainsi une nouvelle voie à la littérature 'engagée': la littérature de l'invisible. Et si le rôle de l'esthétique est de nous guider vers le sublime, l'écologie littéraire nous apprend.
REINSTATING AESTHETICS IN ETHICS: TOWARDS AN ECOCRITICAL PHILOSOPHY OF LITERATURE
Abstract: Writing the living becomes today a task as urgent as approximate because, at the heart of the current imbrication of politics in the ecological, the economic in the social, the human in the non-human and the Private in the public, telling the living can no longer be content to be a theme or a discipline. Our article attempts to demonstrate the importance of the connection between aesthetics and ethics, language and place, writing and ecology in the literary text. It is a question of reconsidering the relationship between culture and space through the introduction of an ecological humanism, especially an ecocritical philosophy. We introduce the notion of literary ecology through the presentation of an ecologically hybrid character of contemporary literature: Anna Maria Ortese's Iguana. Dream literature, studied from an ecocritical point of view, allows us to imagine unlikely encounters; that of the human with the non-human, the real with the indecipherable. To do this, she questions not the visible but the invisible creating a new path to literature 'engaged': the literature of the invisible. And if the role of aesthetics is to guide us to the sublime, literary ecology teaches us.
REINTEGRANDO A ESTÉTICA NA ÉTICA: EM DIREÇÃO A UMA FILOSOFIA ECOCRÍTICA DA LITERATURA
Resumo: Escrever a vida torna-se hoje uma tarefa tão urgente quanto aproximada porque, no coração da atual imbricação da política no ecológico, o econômico no social, o humano no não-humano e o Privado no público, dizer aos vivos não pode mais se contentar em ser um tema ou uma disciplina. Nosso artigo tenta demonstrar a importância da conexão entre estética e ética, linguagem e lugar, escrita e ecologia no texto literário. É uma questão de reconsiderar a relação entre cultura e espaço através da introdução de um humanismo ecológico, especialmente uma filosofia ecocrítica. Introduzimos a noção de ecologia literária através da apresentação de um caráter ecologicamente híbrido da literatura contemporânea: Iguana de Anna Maria Ortese. A literatura dos sonhos, estudada do ponto de vista ecocêntrico, permite-nos imaginar encontros improváveis; a do humano com o não-humano, o real com o indecifrável. Para fazer isso, ela questiona não o visível, mas o invisível, criando um novo caminho para a literatura 'engajada': a literatura do invisível. E se o papel da estética é nos guiar para a sublime, a ecologia literária nos ensina.
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