A definição da política de formação inicial de professores na Ufac

terreno de impasses, disputas e lutas concorrenciais

Autores

  • Tânia Mara Rezende Machado Universidade Federal do Acre
  • Elizabeth Miranda de Lima Universidade Federal do Acre
  • Lenilda Rêgo Albuquerque de Faria Universidade Federal do Acre

DOI:

https://doi.org/10.29327/216342.4.2-6

Palavras-chave:

Formação de professores, Reformas, Currículo

Resumo

Esse ensaio tem por objetivo descrever e analisar os processos de reformas nos projetos de formação inicial de formação de professores desencadeados na Universidade Federal do Acre no período de 2003 a 2016. A análise foi realizada com base em referências teóricas que tratam da formação de professores no contexto de reestruturação social, política e cultural do capitalismo e de aprovação da Resolução CNE 02 de julho de 2015, que estabelece novos ordenamentos para a configuração curricular. Nesse contexto, foi construído um movimento inovador de repensar a formação de professores com a incorporação no debate dos movimentos sociais e interlocutores pertencentes às várias unidades acadêmicas. A análise pautou-se na categoria de campo e luta simbólica de Bourdieu (1989) que possibilitou a compreensão das ambivalências e das contradições, bem como, do acirramento das disputas concorrenciais por carga horária, prestígio de área e concepções epistemológicas no terreno da formação de professores.

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Publicado

2016-12-31

Como Citar

Machado, T. M. R., Lima, E. M. de, & Faria, L. R. A. de. (2016). A definição da política de formação inicial de professores na Ufac: terreno de impasses, disputas e lutas concorrenciais. Muiraquitã: Revista De Letras E Humanidades, 4(2). https://doi.org/10.29327/216342.4.2-6

Edição

Seção

ARTIGOS