https://periodicos.ufac.br/index.php/mui/issue/feedMuiraquitã: Revista de Letras e Humanidades2024-07-30T08:32:07-05:00Muiraquitãmuiraquita.ppgli@ufac.br Open Journal Systems<p>Muiraquitã - Revista de Letras e Humanidades é um periódico eletrônico, semestral, editado sob a responsabilidade do Programa de Pós-Graduação em Letras: Linguagem e Identidade (PPGLI) da Universidade Federal do Acre – (UFAC), Brasil, sem fins lucrativos, de acesso aberto e gratuito (Open Access), com o objetivo de propiciar o intercâmbio, circulação e difusão de estudos e pesquisas nas áreas de Linguística e Literatura, Artes, Ciências Humanas e Sociais. </p> <p>Na última avaliação quadrienal da CAPES, o periódico passou de B4 para A4 (2019-2022)</p> <p>O periódico passou a ser eletrônico a partir do ano de 2015, com a atribuição do ISSN 2525-5924. Anteriormente, a revista possuía outro registro devido ao suporte impresso: 1807-1856. </p> <p>A Revista Muiraquitã em sua versão eletrônica está registrada com o DOI: <a href="https://doi.org/10.29327/210932">https://doi.org/10.29327/210932</a></p>https://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/6733Entrevista com Dercy Teles de Carvalho Cunha2023-05-25T22:08:19-05:00Estefany France Cunha da Silva estefany.france@sou.ufac.br2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2023 Estefany France Cunha da Silva https://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/6850A instauração da polêmica em Personagens Bíblicos, de Alexander White2024-01-23T09:33:21-05:00Rony Petterson Gomes do Valeronyvale@gmail.com2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 Rony Petterson Gomes do Valehttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/6867A linguagem no filme "Gosto de Cereja", de Abbas Kiarostami, e a significação nos elementos de suicídio, solidariedade e dever2023-12-07T11:39:25-05:00Mirianne de Souza Costamirianneszc@hotmail.com2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 Miriannehttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7162Uma Materialização do discurso conservador sobre o feminino2024-01-23T10:21:25-05:00Cesar Augusto de Oliveira Casellacesar.casella@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">CAMPAGNOLO, Ana. </span><strong>O mínimo sobre feminismo</strong><span style="font-weight: 400;">. 1 ed. Campinas/SP: O Mínimo, 2022.</span></p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 Cesar Augusto de Oliveira Casellahttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/6966De Simone Weil a Giorgio Agambem2024-01-21T20:58:33-05:00Maria Lucia Rodrigues da Cruzmari.luciac@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">A presente pesquisa tem como objetivo analisar os processos de esfacelamento da vida humana nas relações de trabalho no Brasil. Para tanto, adotamos como arcabouço teórico o pensamento de Simone Weil e Giorgio Agamben. Não obstante, lançamos mão de imagens cujo objetivo é narrar com maior concisão os processos de escravização e desumanização que fazem parte não somente do passado do Brasil como também assumem outras reconfigurações que, de modo indelével, marcam o presente das nossas relações de trabalho. Desse modo, a pesquisa partiu de uma análise bibliográfica dos autores acima mencionados, além de análises de bancos de dados sobre casos de trabalho análogo à escravização no Brasil. </span></p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 Maria Lucia Rodrigues da Cruzhttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/6862As faces femininas de subversão e revolta em “Mulher no espelho”, de Helena Parente Cunha2023-12-03T23:51:02-05:00Jacson Baldoino Silvajacsonsilva@outlook.comCleber Aragão Araújoclebberaragao@outlook.com<p><span style="font-weight: 400;">A condição de sujeição e revolta vivida pelo eu feminino ao longo da história toma corpo na narrativa de Helena Parente Cunha. Assim, este artigo aborda essas condições vividas pelas múltiplas faces da mulher diante do espelho: </span><em><span style="font-weight: 400;">aquela que me escreve</span></em><span style="font-weight: 400;"> e </span><em><span style="font-weight: 400;">aquela que diz eu</span></em><span style="font-weight: 400;">. Para entender um pouco dessa condição imposta à mulher, toma-se como fundamentação o livro </span><em><span style="font-weight: 400;">O segundo sexo</span></em><span style="font-weight: 400;">, de Simone de Beauvoir (1991), a partir da mulher casada e da mulher independente. Ao se apresentar a literatura de autoria feminina, tenta-se entender como o cenário literário mudou, no que corresponde à visão da mulher, quando autoras começaram a publicar. Nas faces da mulher, apresenta-se como a narrativa parenteana constrói a mulher na sua sujeição e revolta. E, por fim, algumas considerações sobre mulher no espelho mostram a presença de outros grupos periféricos dentro da narrativa de Helena Parente Cunha.</span></p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2023 Jacson Baldoino Silva, Cleber Aragãohttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7149Do torvelinho solitário ao espetáculo desgracioso2024-05-23T10:02:24-05:00Wilck Camilo Ferreira de Santanawilck.camilo@ufpe.brLivânia Régia da Silva Martinslivaniaregia@hotmail.comMárcia Danieli da Silva Costamarcia.danieli@ufpe.br<p><span style="font-weight: 400;">Desde o período clássico, o trágico é um conceito artístico largamente discutido no Ocidente. Na produção literária moderna, esse elemento aparece ora na estrutura da dramaturgia ora como tema, constituindo elementos estéticos no texto literário.</span><span style="font-weight: 400;"> É a partir da trama de um sujeito lutando contra o seu próprio destino que percebemos como a tragicidade</span><span style="font-weight: 400;"> configura certos segmentos ficcionais</span><span style="font-weight: 400;">. Levando isso em consideração, </span><span style="font-weight: 400;">este trabalho aborda, no desenrolar da análise, aspectos da tragédia moderna presentes na dramaturgia </span><em><span style="font-weight: 400;">O arco desolado </span></em><span style="font-weight: 400;">(2018), de Ariano Suassuna. O objetivo central do artigo é refletir sobre questões que constroem tensões da condição trágica do protagonista, Sigismundo. Isso posto, busca-se, nesta leitura crítica, apreender a construção do trágico analisando não somente o que dizem os elementos que constituem a narrativa, mas as formas construídas para dizer, o que abre margem para reflexões de características da tragédia, bem como as implicações da tragicidade no universo que planifica a dramaturgia suassuniana. </span></p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 Wilck Camilo Ferreira de Santana, Livânia Régia da Silva Martins, Márcia Danieli da Silva Costahttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7418Literatura brasileira e escrita acadêmica no contexto de português como língua adicional2024-05-26T10:33:59-05:00Wesley Henrique Acorintiwesley.acorinti@ufrgs.br<p><span style="font-weight: 400;">Objetivamos com este estudo apresentar e analisar as bases teórico-metodológicas que fundamentam a estrutura curricular e a elaboração de tarefas pedagógicas no curso “Literatura Brasileira e Escrita Acadêmica”, voltado a estudantes de Português como Língua Adicional. Baseado na visão de língua(gem) de Bakhtin e do Círculo, o curso visa fomentar os letramentos literário e acadêmicos dos estudantes. A tensão alteritária entre estudantes estrangeiros e a literatura brasileira é o pilar da atividade de ensino, privilegiando a responsividade aos enunciados concretos pertencentes à esfera artístico-literária por meio da autoria concretizada na produção de uma resenha, atualizando esse gênero discursivo pertencente à esfera acadêmica. O currículo é organizado por gêneros do discurso, bem como pautado pela pedagogia de projetos. Este artigo espera encorajar práticas pedagógicas que privilegiem a língua viva, ampliando a interface entre a linguística aplicada e a filosofia alteritária de Bakhtin e do Círculo no trabalho com o enunciado concreto.</span></p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 Wesley Henrique Acorintihttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7163Ensino de linguagens na educação de jovens e adultos2024-05-23T10:06:33-05:00Laécio Fernandes Oliveiralfoliveira.36@gmail.comLinduarte Pereira Rodrigueslinduartepr@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">Propomos com este estudo discutir o desenvolvimento dos letramentos crítico-social e de resistência através do ensino de linguagens e à luz da multimodalidade/semiótica. Objetiva refletir sobre o ensino de linguagens mediado por textos que circulem no cotidiano das cidades, cujos sentidos são constitutivos dos sujeitos nos espaços urbanos. Ancora-se na proposta da Linguística Aplicada Indisciplinar e da Linguística da Prática que primam pela inclusão do sujeito na materialidade textual. Como metodologia, apresenta um recorte de um projeto didático desenvolvido para uma turma da Educação Jovens e Adultos, circunscrito em dois momentos: sala de aula, onde o ensino de linguagens ocorreu mediado pelo gênero textual grafite; seguido de uma visita ao Museu Digital de Campina Grande-PB. Os resultados evidenciaram o papel da escola em democratizar espaços urbanos, e de promover o desenvolvimento de letramentos crítico-social e de resistência a partir da leitura do grafite, cuja origem impõe ao texto aspecto socialmente marginalizado.</span></p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 Laécio Fernandes, Linduartehttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7028Evidências societais do falar roraimense nas redes sociais2024-01-23T10:04:39-05:00Marcus Garcia de Senemaarcus.sene@gmail.comLarissa Bezerra Chaveslalabchaves@gmail.comEliabe dos Santos Procópioeliabeprocopio@yahoo.com.br<p><span style="font-weight: 400;">Objetivamos com esta pesquisa analisar a variedade dialetal de Roraima sob a ótica dos próprios residentes da região. Para isso, este estudo coletou algumas postagens da página de Instagram South BV City, em que se manifestam evidências societais, que são pistas linguísticas apontadas pelos seguidores como caracterizadoras do falar roraimense, bem como suas reações subjetivas sobre a existência (ou não) de um sotaque da região. Evidências societais é um conceito proposto por Garret, Coupland e Williams (2003), que significa os metadiscursos realizados por não especialistas acerca de usos linguísticos. Os resultados mostram que (1) os roraimenses possuem sotaque e isso fica saliente quando os referidos moradores entram em contato com outras variedades dialetais; (2) em vários comentários, o dialeto de Roraima é apontado como derivado de outro dialeto ou da mistura entre outras variedades, o que converge para a história e constituição populacional de Roraima; e (3) os usuários avaliam que o falar roraimense se aproxima muito dos falares nordestino e nortista, e se distancia muito dos falares do Sul e do Sudeste.</span></p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 Marcus Garcia de Sene, Larissa Bezerra Chaves, Eliabe dos Santos Procópiohttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7337Sobre a voz de sucesso midiático2024-01-24T12:04:58-05:00Thiago Barbosa Soares thiago.soares@mail.uft.edu.br<p><span style="font-weight: 400;">Este artigo possui o objetivo de examinar a discursividade investida na fabricação da voz do sucesso midiático, no procedimento interpretativo em um recorte da seguinte matéria da revista Veja “Ana Castela, estrela do ‘agronejo’: ‘Hoje quem manda é a mulher’” (Capuano, 2023). Para tanto, utiliza-se do aparato teórico-metodológico da Análise do Discurso, a partir da qual são recenseadas, de maneira contribuitiva tanto para esta pesquisa quanto para outras com objetos e escopos similares, as noções de condições de produção, formação discursiva e interdiscurso. Como resultado desta investigação, espera-se lançar luz ao entendimento de como as vozes do sucesso midiático tornam-se ponte para o processo recursivo de criação de mais vozes de sucesso, ao mesmo tempo, criando uma estética da voz de sucesso.</span></p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 Thiago Barbosa Soares https://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7165Biblioterapia para idosos2024-02-28T22:49:04-05:00Luiza Gabriella da Silva Reisgabriellaluiza708@gmail.comDílson César Devidesdilson.devides@ufmt.br<p><span style="font-weight: 400;">Objetivamos com o presente artigo discutir sobre o conceito de leitura, focando na leitura literária, assim como sua utilização para fins terapêuticos. A natureza deste trabalho é descritiva documental básica e preponderantemente qualitativa. Foram utilizados autores como Cosson (2013) e Petit (2013) para refletir sobre o processo de leitura, e autores como Caldin (2009) e Abreu </span><em><span style="font-weight: 400;">et al </span></em><span style="font-weight: 400;">(2013) para aclarar a definição da biblioterapia. Além disso, este texto apresenta o desenvolvimento de uma atividade prática de biblioterapia com residentes do Lar da Providência, em Aragarças-GO. Por meio de textos literários e músicas em língua portuguesa, durante seis encontros, buscou-se proporcionar lazer, interação, recreação e amenização de carência afetiva dos idosos. A partir da observação dos participantes e de seus relatos, notou-se a relevância desta prática para este público e como a biblioterapia pode provocar diferentes impactos na vida deste público específico.</span></p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 Luiza Gabriella da Silva Reis, Dílson César Devideshttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/6972Lembranças escolares de estudantes de camadas populares em uma universidade pública2024-01-21T20:31:50-05:00Débora Cristina Piottodcpiotto@usp.br<p><span style="font-weight: 400;">Compreendendo a permanência no sistema de ensino até seu último nível como um indicador de sucesso escolar, pesquisadores vêm desenvolvendo pesquisas, buscando explicar as condições que permitiram trajetórias escolares bem sucedidas em meios populares. Nessa direção, objetivamos com este trabalho discutir as lembranças escolares de estudantes universitários, provenientes das camadas populares. Para isso, foram analisados relatos de doze estudantes oriundos de escolas públicas dos cursos mais e menos concorridos da Universidade de São Paulo - USP. A maior parte dos universitários relatou poucas e negativas lembranças da escola. Mas, três estudantes narraram várias e positivas recordações escolares. Essa diferença é analisada à luz da teoria histórico-cultural e relacionada à qualidade da educação escolar recebida. </span></p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 DEBORA PIOTTOhttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7382Mapeamento lexical do português falado no Amapá2024-05-26T10:23:15-05:00Matheus Gomes dos Santos matheusgo23571@gmail.comRomário Duarte Sanchesduarte.romrio@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">O presente trabalho tem como objetivo mapear e analisar a variação lexical do campo semântico </span><em><span style="font-weight: 400;">corpo humano</span></em><span style="font-weight: 400;">, dados que são pertencentes ao Atlas Linguístico do Amapá – ALAP. O estudo está ancorado na Dialetologia, tendo como método a Geolinguística Moderna, encarregada de mapear as variedades linguísticas através de cartas linguísticas (Cardoso, 2010, p.15). A pesquisa contou com dados lexicais que já foram coletados pelo ALAP. Foram selecionados 40 informantes, distribuídos em dez localidades do Amapá, conforme a faixa etária e sexo. Os dados foram analisados, pelos autores desta pesquisa, no </span><em><span style="font-weight: 400;">software</span></em><span style="font-weight: 400;"> de planilhas </span><em><span style="font-weight: 400;">Excel</span></em><span style="font-weight: 400;"> e a cartografia linguística feita no </span><em><span style="font-weight: 400;">software</span></em><span style="font-weight: 400;"> de </span><em><span style="font-weight: 400;">design</span></em><span style="font-weight: 400;"> gráfico </span><em><span style="font-weight: 400;">Inkscape</span></em><span style="font-weight: 400;">. A variação lexical encontrada mostrou que apenas nos itens </span><em><span style="font-weight: 400;">míope</span></em><span style="font-weight: 400;"> e </span><em><span style="font-weight: 400;">dente do siso</span></em><span style="font-weight: 400;"> houve predominância lexical diferente, respectivamente denominados de </span><em><span style="font-weight: 400;">falta de vista</span></em><span style="font-weight: 400;"> e </span><em><span style="font-weight: 400;">dente do juízo</span></em><span style="font-weight: 400;">. </span><span style="font-weight: 400;">Já nos itens </span><em><span style="font-weight: 400;">pálpebras</span></em><span style="font-weight: 400;">, </span><em><span style="font-weight: 400;">pomo-de-adão</span></em><span style="font-weight: 400;">, </span><em><span style="font-weight: 400;">canhoto</span></em><span style="font-weight: 400;">, </span><em><span style="font-weight: 400;">seios</span></em><span style="font-weight: 400;">, </span><em><span style="font-weight: 400;">útero, rótula</span></em><span style="font-weight: 400;"> e </span><em><span style="font-weight: 400;">cócegas</span></em><span style="font-weight: 400;">, as denominações predominantes foram de variantes padrão.</span></p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 Matheus Gomes dos Santos , Romário Sancheshttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7596O bamburrar do ouro linguístico2024-07-17T16:19:12-05:00Nailde Fernandes Medeirosprofnaildesfernandes27@gmail.comNeusa Inês Philippsenneinph@yahoo.com.br<p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo representa uma prévia do projeto de pesquisa em andamento para a tese de doutorado do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Linguística, UNEMAT-Cáceres/MT, sob a linha de pesquisa “Estudos de Processos de Variação e Mudança”, e desenvolvido na disciplina de Tópicos em Sociolinguística. O objetivo do artigo é analisar, sob o aporte teórico-metodológico da Sociolinguística Variacionista, duas lexias muito comuns no município de Peixoto de Azevedo-MT: “bamburrado e brefado”, uma vez que o léxico é considerado como recurso de expressão e interação social, pois é no dinamismo do processo de comunicação que os sujeitos criam, recriam e incorporam o vocabulário de sua língua. Então, para o desenvolvimento da pesquisa amparamos no suporte teórico-metodológico de Biderman (1981), Cristianini (2007), Philippsen (2012), entre outros. Para a constituição do </span><em><span style="font-weight: 400;">corpus,</span></em><span style="font-weight: 400;"> adotamos os procedimentos metodológicos fornecidos pela Teoria da Variação e Mudança Linguística propostos por Labov (1972) e Milroy (1987, 1992). Foi levado em conta o contexto social e a fala espontânea de três sujeitos com a variação diageracional e diagenérica para nos apresentar o sentido semântico das lexias pesquisadas. Diante das reflexões, a importância desta pesquisa recai em contribuir para um novo olhar sobre a variedade linguística de garimpeiros, em comunidades garimpeiras de Peixoto de Azevedo, a fim de valorizá-la, não só entre os estudiosos da linguagem, mas também entre o público em geral, visando promover o conhecimento da riqueza linguística que integra o universo linguístico desse grupo delimitado. Pelo viés da reflexão, este estudo mostra a diferença do sentido semântico lexical das duas lexias apresentadas das demais pesquisas já realizadas em outros locais de regiões garimpeiras.</span></p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 Nailde Fernandes Medeiros, Neusa Inês Philippsenhttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7604Políticas linguísticas na Amazônia Ocidental2024-06-08T16:44:48-05:00Keyse Kerolayne Levykeyselevy14@gmail.comQueila Barbosa Lopesqueila.lopes@ufac.br<p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo tem por objetivo fazer uma exposição das políticas linguísticas voltadas para as línguas indígenas existentes nos estados que compõem a Amazônia Ocidental, sendo eles: Acre, Amazonas, Roraima e Rondônia. Para tanto, o artigo expõe o que é a categoria políticas linguísticas por meio do aporte teórico de Calvet (2007), </span><span style="font-weight: 400;">Lagares (2018), </span><span style="font-weight: 400;">Neves (2023), dentre outros. Em seguida propomos a exposição e a discussão das políticas linguísticas existentes em cada estado. A metodologia utilizada foi a qualitativa, por meio de pesquisa documental e bibliográfica, e o </span><em><span style="font-weight: 400;">corpus</span></em><span style="font-weight: 400;"> analisado no trabalho está constituído de três leis estaduais, duas leis municipais, três resoluções institucionais e um decreto nacional, resultado de busca virtual realizada no primeiro semestre de 2024.</span><span style="font-weight: 400;"> Concluiu-se que, apesar das iniciativas estaduais, municipais e por parte de universidades da esfera pública, seja de forma ampla ou menos abrangente, ainda existe um caminho a ser percorrido no que diz respeito à valorização e à promoção das línguas indígenas nesse território.</span></p> <p><br /><br /></p> <p> </p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 Keyse Levy, Queila Lopeshttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7615Perspectivas de docentes de língua portuguesa acerca do ensino-aprendizagem em contexto de pandemia da Covid-192024-07-10T17:28:44-05:00Jane Lemos Ravagnanijane.ravagnani@unemat.br Olandina Della Justinaolandina.dellajustina@unemat.br<p><span style="font-weight: 400;">Este estudo analisa, sob o viés da Linguística Aplicada, o ponto de vista de professores que atuam com Língua Portuguesa (LP) na Educação Básica da rede pública, mais especificamente no Ensino Fundamental II, sobre o ensino-aprendizagem e como se relacionam aos princípios teóricos dos multiletramentos (</span><em><span style="font-weight: 400;">The New</span></em> <em><span style="font-weight: 400;">London Group</span></em><span style="font-weight: 400;">, 1996; ROJO, 2012, entre outros), conjugados a ações que emergiram como forma de enfrentamento ao período de pandemia, deflagrado pela Covid-19. Diante do contexto em questão, gerador de mudanças na educação em sua totalidade, o estudo buscou reflexionar sobre o ensino-aprendizagem de LP em diálogo com os multiletramentos, que se manifestaram naquele momento de crise sanitária (Beraldo, 2020), sob a visão docente. O percurso metodológico foi de natureza qualitativa, que valorizou as vozes dos pesquisados (Bauer, Gaskell, 2002; Andrade, Hollanda, 2010) e de cunho etnográfico que preconiza o entrelaçamento de questões linguísticas e culturais escolares por meio do respeito à visão êmica dos participantes da pesquisa (Spradley, 1980; Watson-Gegeo, 1988), sendo os dados analisados com base na abordagem interpretativa. Assim sendo, os resultados apontaram experiências impactantes e desafiadoras, mas criativamente vivenciadas e transpostas por professores e gestores. Há indicações de possíveis caminhos para mudanças e adequações na práxis pedagógica do docente de LP. Além disso, as práticas engajadas com os multiletramentos estimularam um ensino-aprendizagem contextualizado e convergente com as demandas do cenário pandêmico e envolveu toda a comunidade escolar.</span></p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 Jane Lemos Ravagnanihttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7627Ambiguidade de segmentação2024-06-16T22:56:12-05:00Daniela Silva Ribeirodanielabailarina19@gmail.comSuely da Silva Lima Sásuely.sa@uemasul.edu.brSônia Maria Nogueirasonianogueira@uemasul.edu.br<p><span style="font-weight: 400;">Este trabalho insere-se na Linha de Pesquisa em Linguagem, Memória e Ensino, do PPGLe/UEMASUL, e tem por objetivo geral identificar casos em que há ocorrência da ambiguidade de segmentação. Além disso, entre os objetivos específicos: analisar a significação e sentidos alternativos presentes, especificamente no fenômeno semântico ambiguidade de segmentação, em tirinhas, charges e </span><em><span style="font-weight: 400;">memes</span></em><span style="font-weight: 400;"> e, também, suas relações com a BNCC (Brasil, 2018). Para isso, o </span><em><span style="font-weight: 400;">corpus</span></em><span style="font-weight: 400;"> consiste em tirinha, charge e </span><em><span style="font-weight: 400;">meme</span></em><span style="font-weight: 400;">, compartilhados em diversas mídias digitais. Assim, o aspecto de análise é a ambiguidade de segmentação. Para tanto, adotou-se como procedimento metodológico a abordagem qualitativa, de caráter descritivo, e dirige-se ao público especializado na área de Letras e Educação. Os fundamentos teóricos estão embasados, principalmente, em Ilari (2001), Ferrarezi Junior (2008), Abrahão (2018), entre outros. Os resultados comprovam que as tirinhas, charges e </span><em><span style="font-weight: 400;">memes</span></em><span style="font-weight: 400;"> são ferramentas na construção de sentidos e são importantes aportes pedagógicos para refletir acerca da ambiguidade de segmentação, auxiliando no aprofundamento dos estudos semânticos e na compreensão da linguagem oral e escrita do processo ensino-aprendizagem.</span> <span style="font-weight: 400;">Verificou-se, ainda, que é possível identificar casos em que a cadeia falada é passível de segmentações de sentidos alternativos, causando ambiguidades. Evidenciou-se que a ambiguidade é um fenômeno semântico que estimula o raciocínio, a perspicácia dos leitores e a interpretação de mundo. O ensino desse aspecto semântico em sala de aula está voltado para a ampliação do conhecimento linguístico, tendo em vista a aprendizagem da língua materna, com o propósito de desenvolvimento da competência comunicativa dos alunos.</span></p> <p><br /><br /></p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 Daniela Silva Ribeiro, Suely da Silva Lima Sá, Sônia Maria Nogueirahttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7580Tabu linguístico nas denominações dadas à mulher homossexual2024-06-08T16:21:32-05:00Luís Henrique Serraluis.henrique@ufma.brAmanda Gomes Mourãoamanda.gm@discente.ufma.br<p><span style="font-weight: 400;">Analisam-se as denominações dadas à mulher homossexual no estado do Maranhão, estado localizado na região da Amazônia Legal. A análise busca apresentar aspectos do tabu linguístico relacionado à sexualidade e reunir traços de uma imagem social relacionada à mulher no imaginário social. Dessa forma, problematiza-se a questão da homossexualidade e de que forma ela tem sido compreendida nos tempos atuais. Parte-se do pressuposto de que as denominações dadas a mulher homossexual são formas de cristalização de uma mentalidade de uma sociedade patriarcal em que a mulher deve apresentar comportamentos pré-estabelecidos. O trabalho se insere entre os estudos do léxico e do tabu linguístico. Os dados foram coletados por meio de entrevistas no município Vitorino Freire, na região Central do Maranhão, com 35 participantes com um perfil socioeconômico que abarque uma identidade social que representa uma estratificação social daquele município. As entrevistas foram realizadas de modo espontâneo por meio de pesquisa de campo. Os dados desta pesquisa foram analisados a partir de uma discussão no campo das ciências humanas que tematizam a questão tabu sobre a sexualidade e a mentalidade social que se cristaliza no léxico. Os resultados mostram que as denominações dadas à mulher homossexual apresentam significados relacionados a tabus e que revelam uma consciência conservadora ainda hoje sobre a questão da homossexualidade feminina.</span></p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 Luís Henrique Serra, Amanda Gomes Mourãohttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7535Língua e representação afrodescendente no romance A selva2024-07-10T16:40:47-05:00Adriana Cristina Aguiar Rodriguesadrianaguiarodrigues@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">O romance </span><em><span style="font-weight: 400;">A selva</span></em><span style="font-weight: 400;">, de Ferreira de Castro, foi publicado em 1930. O enredo da narrativa abrange o período entre 1910 e 1920 e tem como tema a condição de seringueiros e de outros grupos subalternizados nos seringais da borracha situados nas brenhas da Amazônia. Tomando essa obra como objeto de análise, propomo-nos, neste artigo, a uma leitura crítica pós-colonial (Fanon, 2005, 2008; Bhabha, 2013; Brugioni, 2022; Hall, 2013) em torno da representação de personagens negros e mestiços em </span><em><span style="font-weight: 400;">A selva</span></em><span style="font-weight: 400;">, a fim de contestar uma pretensa obliteração de subjetividades negras e mestiças na Amazônia (Sampaio, 2011), bem como os modos como tais sujeitos são, via linguagem, constituídos. A literatura é entendida aqui, pois, como linguagem que pode contribuir para a visibilidade de sujeitos historicamente marginalizados e apagados ou, diversamente, pode configurar-se como mais um espaço de reificação, apagamento e/ou de exotização desses sujeitos (Said, 2011). </span></p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 Adriana Cristina Aguiar Rodrigueshttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7523Narrativas da formação de docentes de língua inglesa mato-grossense em programa de intercâmbio internacional2024-07-10T16:36:39-05:00Leandra Ines Seganfredo Santosleandraines@unemat.brAlbina Pereira de Pinhoalbina@unemat.br<p><span style="font-weight: 400;">Neste artigo partilha-se análises e reflexões das narrativas de três docentes de Língua Inglesa mato-grossenses sobre experiências de formação no Programa de Intercâmbio Internacional na Inglaterra, uma ação do Programa Mais Inglês MT, política pública educacional instituída em 2022. O estudo discorre acerca de conceitos de formação docente e fundamenta-se nos preceitos da pesquisa qualitativo-interpretativista, sob o enfoque da pesquisa com narrativas orais e escritas. A análise aponta que, embora a formação tenha assumido o caráter de treinamento, a ação oportunizou aos intercambistas a auto-validação de seus conhecimentos linguístico-didáticos e, ao mesmo tempo, sinaliza a necessidade de políticas de formação docente que valorizem a dimensão pessoal e profissional dos professores.</span></p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 Leandra Ines Seganfredo Santos, Albina Pereira de Pinhohttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7607Interdisciplinaridade e o ensino de Língua Inglesa2024-07-10T17:13:17-05:00Laissy Taynã da Silva Barbosa laissy.barbosa@mail.uft.edu.brSelma Maria Abdalla Dias Barbosaselmaabdalla@mail.uft.edu.brMaria José de Pinhomjpgon@mail.uft.edu.br<p><span style="font-weight: 400;">Neste ensaio, apresentamos uma reflexão analítica sobre o ensino de Língua Inglesa nos anos finais do Ensino Fundamental, a partir do Documento Curricular do Estado do Pará, sob a perspectiva da interdisciplinaridade. Para tanto, buscamos como suporte autores que tratam de temas concernentes à interdisciplinaridade, como Moraes (1997), Fazenda (2006), Japiassu (1976), Passos e Pinho (2018), bem como pesquisadores da área do ensino de línguas, como Pennycook (2007), Kumaradivelu (1997) e Paiva (2014). A partir da análise, compreendemos que os termos “interdisciplinar” e “interdisciplinaridade” são apresentados de forma crucial nos princípios da política educacional do documento curricular paraense. Este recomenda o uso de materiais autênticos para ensinar a Língua Inglesa como prática social, de modo que a abordagem comunicativa é enfatizada como </span><em><span style="font-weight: 400;">mister</span></em><span style="font-weight: 400;">, ou seja, a escolha indicada de abordagem para o ensino da língua. Outrossim, os documentos curriculares estaduais também recebem duras críticas, a exemplo da BNCC. É preciso que se entenda, porém, a necessidade de se motivar os educadores a transitarem e dialogarem com outros componentes curriculares, tendo em vista promover o desenvolvimento de uma formação integral, interdisciplinar e mais crítica aos discentes.</span></p> <p> </p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 LAISSY TAYNA DA SILVA BARBOSA, Selma Maria Abdalla Dias Barbosa, Maria José Souza Pinhohttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7474Identidades roraimenses2024-06-16T21:44:47-05:00Patrícia Lima Pantojapatricialimads7@gmail.comMarcélia Nicácio da Silvamarcelia.nicacio@gmail.comCora Elena Gonzalo Zambranocoragonzalo@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">Questões acerca de identidade têm sido frequentemente discutidas na sociedade, considerando que os elementos identitários de uma nação estão em constante transição. Em Roraima, estado localizado no extremo norte do Brasil, as discussões sobre a identidade e a cultura roraimense ainda possuem lacunas, visto que muitas das pesquisas já realizadas se restringem à influência indígena. Além dessa importante característica da identidade local, Roraima foi e é um centro migratório de sujeitos vindos de outros estados brasileiros e dos países vizinhos. Diante disso, o objetivo deste trabalho é refletir acerca da influência dos fatores migratórios na composição das identidades de Roraima, baseado na concepção do sujeito pós-moderno de Hall (2006). Sob a análise de caráter qualitativo, identificamos que parte dos trabalhos publicados até a presente data aborda a identidade indígena. Concluímos que nas múltiplas identidades roraimenses, além da forte influência indígena, incide o marcante fluxo migratório tanto dos diferentes estados brasileiros, principalmente do Norte e Nordeste, quanto venezuelano.</span></p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 Patrícia Lima Pantoja, Marcélia Nicácio da Silva, Cora Elena Gonzalo Zambranohttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7235A geopoesia indígena Apinayé e Krahô2024-04-29T16:15:15-05:00Danielle Mastelari Levoratodanielle.levorato@ufnt.edu.brEliane Cristina Testa eliane.testa@ufnt.edu.br<p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo propõe uma análise crítico-literária de poemas Apinayé e Krahô, encontrados nas obras </span><em><span style="font-weight: 400;">Poesia indígena: Etnopoesia Apinayé</span></em><span style="font-weight: 400;"> (Atena, 2021) e</span><em><span style="font-weight: 400;"> Poesia Indígena: etnopoesia Krahô </span></em><span style="font-weight: 400;">(Atena, 2023). A partir das tradições, dos ritos e das vozes indígenas, propomos reflexões sobre os espaços geopoéticos e intersubjetivos das produções poéticas. Metodologicamente, é um estudo bibliográfico com viés qualitativo e interpretativo. Como fundamentação teórica, utilizamos Nimuendaju (1983); Graúna (2013, 2014); Dorrico, Danner e Danner (2020); Apinajé (2020); Esbell (2020); Souza (2018); Freitas (2008); Kambeba (2020, 2023); Krahô (2017); Melatti (1978); Minayo (2022); Munduruku (2012); Pereira júnior, Araújo e Testa (2023); Silva Júnior (2022); Silva e Testa (2022); Testa, Albuquerque e Apinajé (2021); Testa e Albuquerque (2021); Testa </span><em><span style="font-weight: 400;">et al</span></em><span style="font-weight: 400;"> (2023). Como resultados, apontamos que a geopoesia indígena, vista como uma produção literária contemporânea de resistência e de reexistência, é capaz de expressar as realidades singulares geopoéticas e intersubjetivas (individuais e coletivas) dos povos indígenas.</span></p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 Danielle Mastelari Levoratohttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7664A produção indígena literária nas Amazônias brasileiras2024-06-08T23:36:45-05:00Iza Reis Gomesiza.reis@ifro.edu.brShelton Lima de Souzashelton.souza@ufac.brMaurício Neves-Corrêamauricio_nc@hotmail.com<p><span style="font-weight: 400;">O intuito deste artigo é apresentar uma parte da produção literária indígena desenvolvida nas Amazônias brasileiras, a partir das perspectivas de identidades em construção, das ancestralidades construídas pelo protagonismo dos indígenas e das representatividades contracoloniais que tentam mostrar uma outra versão da história pelo olhar de escritoras e de escritores indígenas. O percurso metodológico está baseado em uma investigação bibliográfica e analítica. Para tanto, propomos um diálogo do nosso </span><em><span style="font-weight: 400;">corpus </span></em><span style="font-weight: 400;">com teóricos que dissertam sobre representatividades de sujeitos subalternizados, a saber: Bispo, Dussel, Munduruku, Dorrico, Kambeba, Silveira, Schulze, Quirino, Thiél e Krenak. A análise de tais produções nos levam a refletir sobre essa produção que perpassa a oralidade, a escrita e a outros recursos visuais, os quais utilizam o registro escrito como estratégia para que suas histórias resistam à imposição decretada pelo colonialismo, cujas produções discursivas apagaram os sujeitos indígenas.</span></p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 Iza Reis Gomes, Shelton, Mauríciohttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7573Análise dos personagens Zahy e Tatá em histórias Tenetehara2024-07-18T17:10:24-05:00Neliane Raquel Macedo Aquinonelianemacedo@ifma.edu.brAna Gabriela Castelo Branco Sousagabrielacastelo@acad.ifma.edu.br<p><span style="font-weight: 400;">A literatura, como construto inerente à sociedade humana, revela constituições sobre o ser no mundo e o estar no mundo e sobre as formas de relação do homem com a natureza. Nesse caminho, pensar a literatura dos povos indígenas nos permite não apenas compreender os aspectos culturais dos povos originários, mas refletir sobre a formação social a que chegamos. Assim sendo, torna-se relevante compreender as constituições na obra concreta da literatura que temos contato, especialmente em se tratando de uma literatura pouco estudada. Além disso, a lei 11645/2008 assegura a necessidade de estudo sobre os povos indígenas no currículo escolar, para promoção do resgate e da valorização culturais. Dessa forma, este trabalho contribui para o conhecimento literário sobre a literatura indígena, a partir da obra Histórias do céu contadas por Zahy e Tatá (Sá, Silva, 2016), por meio de levantamento teórico e análise da história que compõe o livro. A pesquisa seguiu preceitos da metodologia de pesquisa em literatura (Durão, 2020), tendo como foco a constituição e concepção literária dos povos indígenas e, por conseguinte, caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica e qualitativa. As análises sobre a obra auxiliam no aprofundamento do conhecimento sobre o fazer literário e cultural dos povos indígenas, em especial do povo </span><em><span style="font-weight: 400;">Tenetehara</span></em><span style="font-weight: 400;"> que faz moradia no Maranhão.</span></p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 NELIANE AQUINO, Ana Gabriela Castelo Branco Sousahttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7617A representação de mulheres na obra Rios e barrancos do Acre e Histórias de vida de dona Raimunda Alves2024-07-10T17:37:17-05:00Joely Coelho Santiagojoely.santiago@sou.ufac.brManoel Messias Feitosa Soaresmessiasfeitosasoares@gmail.comFernando Simplício dos Santosfernandosimpliciosantos@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">Nas águas e florestas das Amazônias acreana (sobre)vivem mulheres que mantêm intensos intercâmbios e negociações de valores, conhecimentos no cuidado de Si e dos Outros. Dito isso, este estudo tem como objetivo analisar as representações sobre as mulheres, a partir da obra </span><em><span style="font-weight: 400;">Rios e Barrancos do Acre</span></em><span style="font-weight: 400;">, de Mário Maia e da história de vida de dona Raimunda Alves Feitosa, refletir sobrea constituição do trabalho das mulheres, suas atividades laborais, sociais e culturais nas cidades e na Floresta/Mata, categorizadas como ajudantes, companheiras, parteiras, prostitutas, objetos de prazer dos homens. Contudo, agentes ativas na construção memorialística, social e política da região. "Dona da Mata e dona de Casa". Neste momento com 92 anos de idade, mãe de doze filhos, a entrevistada nasceu e trabalhou em seringais da atual </span><span style="font-weight: 400;">Mesorregião Vale do Juruá</span><span style="font-weight: 400;">-Acre. História de vida que representa um legado de mulheres em diversas formas de trabalho em espaços dos seringais e nas cidades, entretanto invisibilizadas e silenciadas pela historiografia oficial, presentificado em livros, jornais, documentos históricos, do mesmo modo, em obras literárias de autoria masculina e feminina, como </span><em><span style="font-weight: 400;">Rios e Barrancos do Acre</span></em><span style="font-weight: 400;">, ao enfatizar as representações dessas mulheres de forma submissa ao poder masculino e em lugares de prostituição, bares onde provocam brigas e arruaças. Nessa perspectiva, este estudo é de caráter qualitativo, de cunho bibliográfico e trajetória de vida, e, portanto, dessa forma, as análises foram fundamentadas pelos estudos de Albuquerque (2016/2019); Benchimol (1999); </span><span style="font-weight: 400;">Evaristo (2020); </span><span style="font-weight: 400;">Foucault (2014); Wolff (1999), dentre outros autores/as.</span></p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 Joely Coelho Santiago, Manoel Messias Soares Feitosa, Fernando Simplício dos Santoshttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7620Cosmovisões interconectadas2024-06-08T18:00:52-05:00Tatiana Santos Oliveiratatianaoliveira.201715404@uemasul.edu.brMaria da Guia Taveiro Silvamaria.silva@uemasul.edu.brGilberto Freire de Santanagilbertosantana@uemasul.edu.br<p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo empreende uma investigação da inter-relação entre letramento e interculturalidade, centrando-se na análise da literatura indígena como ferramenta para o desenvolvimento do letramento intercultural no âmbito do Ensino Fundamental. Neste contexto, o estudo propõe uma abordagem que se concentra na exploração da poesia indígena em sala de aula, reconhecendo a relevância do ensino literário nesse nível educacional específico. A pesquisa delineia uma Sequência Didática direcionada ao livro “Kumiça Jenó: Narrativas Poéticas dos Seres da Floresta”, de autoria de Márcia Wayna Kambeba, destacando, sobretudo, os poemas intitulados “Matinta e o Macaco” e “Assobio na Aldeia”. Essa proposta visa a fomentar o letramento nos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), integrando as disciplinas de Língua Portuguesa, Literatura e Produção Textual. A pesquisa embasa-se em uma fundamentação teórica, utilizando obras de autores como Cosson (2009), Street (2014), Rojo (2009), Thiél (2016), Dorrico (2018) e Graúna (2011), entre outros, bem como documentos relevantes. A seleção criteriosa desses autores proporciona uma base conceitual robusta para a abordagem sobre letramento, interculturalidade e o papel crucial das literaturas indígenas no panorama educacional, enriquecendo, assim, a proposta de letramento elaborada. Desse modo, a análise da poesia indígena, sob a perspectiva do letramento, possibilita identificar as potencialidades dessa abordagem para o desenvolvimento de habilidades linguísticas, literárias e socioculturais nos discentes. A Sequência Didática proposta pode contribuir não apenas para o aprimoramento dessas competências, mas, também para a formação de cidadãos críticos e reflexivos, conscientes da riqueza da diversidade cultural e da importância do diálogo intercultural.</span></p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 TATIANA SANTOS OLIVEIRA, MARIA DA GUIA TAVEIRO SILVA, Gilberto Freire de Santanahttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7632Decolonialidades e linguagens2024-06-16T23:23:52-05:00Solene Oliveira da Costasolene.costa@sou.ufac.brMaria de Jesus Moraismaria.morais@ufac.br<p><span style="font-weight: 400;">Este artigo aborda o silenciamento histórico da cultura de grupos específicos no Brasil, com enfoque nos indígenas do povo Madiha. Três conflitos, apresentados por casos concretos recebidos pela Ouvidoria da Defensoria Pública do Acre entre 2019 e 2021, são discutidos. Esses casos, um cível e dois criminais, sendo um deles vítima e o outro réu, evidenciam a necessidade de avanços no sistema de justiça brasileiro, destacando a importância de uma compreensão decolonial e crítica da linguagem jurídica. O estudo está estruturado em três objetivos: apresentar o panorama da estrutura burocrática do sistema de justiça; discutir as barreiras linguísticas e socioculturais do Povo Madiha; identificar os conflitos socioculturais do povo Madiha com o sistema de justiça brasileiro a partir de uma compreensão decolonial e crítica da linguagem jurídica. O texto ressalta a urgência de superar os padrões históricos que contribuíram para o silenciamento cultural, propondo uma abordagem mais inclusiva, com mecanismos de acesso à justiça respeitando as diversidades culturais no âmbito jurídico nacional.</span></p> <p><br /><br /></p> <p> </p>2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 Solene Oliveira da Costa, Maria de Jesus Moraishttps://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7788Do infortúnio selvagem às multiplicidades de gentes2024-07-18T16:32:18-05:00Shelton Lima de Souzashelton.souza@ufac.brLeandra Inês Seganfredo Santosleandraines@unemat.brNeusa Inês Philippsenneusa.philippsen@unemat.br2024-07-30T00:00:00-05:00Copyright (c) 2024 Shelton Lima de Souza, Leandra Inês Seganfredo Santos, Neusa Inês Philippsen