The ones who dare to teach

Teachers’ resistance networks and public discourse against a “School Without Party”

Authors

Keywords:

Education, Teachers, Gender, Sexuality, Social Movements, School Without Party

Abstract

In this paper, we propose to investigate resistance strategies developed by teachers in the face of the transnational rise of different forms of social and political conservatism in the last decade, with strong repercussions on the policy of education and school life in Brazil. The alleged need to fight "indoctrination in schools" and the "gender ideology" fiction serve as tools for creating moral, thus justifying censorship of certain themes in the Brazilian public arena. Such “conservative” movement aims at preventing the supposed stimulus to the sexualization of children. It also assumes that sexual and gender diversity would be a destructive agent for families and, therefore, schools must protect themselves from its threat. Here we analyze the speeches found in the material made publicly available by "Professores contra o Escola Sem Partido" (“Teachers Against the No-Party School”, PCESP) movement. Such movement was created by teachers in 2015 in response to mobilizations in the federal legislature to debate the “Escola Sem Partido” (“No-Party School”) project, which aimed to curb actions of "ideological nature". Within a wide spectrum of themes addressed by PCESP, in a context of intense confrontation of moralities in relation to gender and sexuality, we are interested in reflecting on the approaches and disputes about the place of these themes in schools. The mobilization of teachers leads us to reflect on the role of activism as one of the spheres of the act of educating.

References

ALMEIDA, R. A onda quebrada - evangélicos e conservadorismo. Cad. Pagu [online]. 2017, n.50.
ALMEIDA JR, A. Bolsonaro ataca questão do Enem sobre linguagem secreta de travestis. Metrópoles, 05 nov. 2018. Disponível em https://bit.ly/3cDlXly. Acesso em 31 jan. 2021.
AMAYA, J. F. S. La tormenta perfecta: Ideología de género y articulación de públicos. Sexualidad, Salud y Sociedad, Rio de Janeiro, n. 27, p. 149-171, Dez. 2017.
APPLE, M.; TETELBAUM, K. Está o professorado perdendo o controle de suas qualificações e do currículo? Teoria & Educação, Dossiê: Interpretando o trabalho docente, nº 4. Porto Alegre: Pannonica Ed., 1991.
AQUINO, L. Professor de educação infantil. OLIVEIRA, D.; DUARTE, A.; VIEIRA, L. (org.). Dicionário de trabalho, condição e profissão docente. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2010.
BETIM, F. Campanha “anti-doutrinação” contra professores eleva estresse em sala de aula. El País, 19 mai. 2019. Disponível em https://bit.ly/3jh8YY6. Acesso em 31 jan. 2021.
BIROLI, F. Gênero e desigualdades: os limites da democracia no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2018.
BRASIL, Ministério da Educação. Instituições de ensino públicas não podem promover movimentos políticos. Brasília: MEC, 30 mai. 2019. Disponível em http://portal.mec.gov.br/component/content/index.php?option=com_content&view=article&id=76641:instituicoes-de-ensino-publicas-nao-podem-promover-movimentos-politicos&catid=33381&Itemid=86. Acesso em 31 jan. 2021.
CALÇADE, P. Na mira de Bolsonaro, Paulo Freire não está no currículo, mas é referência em escolas. Folha de S. Paulo, 25 out. 2018. Disponível em https://bit.ly/2YAF6we. Acesso em 31 jan. 2021.
CARRARA, S. Moralidades, racionalidades e políticas sexuais no Brasil contemporâneo. Mana, Rio de Janeiro, v. 21, n. 2, p. 323-345, Aug. 2015.
CORNEJO-VALLE, M.; PICHARDO, J. I. La “ideología de género” frente a los derechos sexuales y reproductivos. El escenario español. Cad. Pagu [online] nº 50, 2017.
CORRÊA, S. O percurso global dos direitos sexuais: entre “margens” e “centros”. Bagoas 2009; 4:17-42.
CORRÊA, S. A “política do gênero”: um comentário genealógico. Cad. Pagu (53), 2018a.
CORRÊA, S. Eleições brasileiras de 2018: a catástrofe perfeita? Sexuality Policy Watch, 12 nov. 2018b (post-scriptum fev. 2019).
CUNHA, A. R. Desvendamos as notícias falsas de Damares Alves contra a “ideologia de gênero”. Aos Fatos, 19 dez. 2018. Disponível em https://bit.ly/39JtzRx. Acesso em 31 jan. 2021.
DAVIS, A. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016. Trad. H. R. Candiani.
DOUGLAS, M. Pureza e Perigo: Ensaio sobre as noções de Poluição e Tabu. Lisboa: Ed. 70 (col. Perspectivas do Homem, n.º 39), s.d. (trad. S. Pereira da Silva, 1966).
EL PAÍS. “Eles querem retirar a diversidade da escola”. El País, 24 jun. 2016. Disponível em https://bit.ly/3tqtw4K. Acesso em 31 jan. 2021.
FACCHINI, R. Sopa de letrinhas?: Movimento Homossexual e produção de identidades coletivas nos anos 90. Rio de Janeiro: Garamond, 2005.
FACCHINI, R. De homossexuais a LGBTQIAP+: sujeitos políticos, saberes, mudanças e enquadramentos. R. Facchini; I. L. França. (Org.). Direitos em disputa: LGBTI+, poder e diferença no Brasil contemporâneo. 1ed.Campinas: Ed. da Unicamp, 2020, p.31-70
FREIRE, P. Professora sim, tia não: Cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Ed. Olho d’Água, 1997.
HINE, C. Ethnography for the Internet: Embedded, Embodied and Everyday. Londres: Bloomsbury Academic, 2015.
HOOKS, b. Teaching to transgress: education as a practice of freedom. New York: Routledge, 1994.
JUNQUEIRA, R. “Ideologia de gênero”: a gênese de uma categoria política reacionária – ou: a promoção dos direitos humanos se tornou uma “ameaça à família natural”? Ribeiro, P. R. C.; Magalhães, J. C. (orgs.). Debates contemporâneos sobre educação para a sexualidade. Rio Grande, RS, Ed. da FURG, 2017, p.25-52.
KUHAR, R.; PATERNOTTE, D. (Orgs.). Anti-Gender Campaigns in Europe: Mobilizing against Equality. Brussels: Rowan & Littlefield, 2017.
LEITE, V. “Impróprio para menores?”: Adolescentes e diversidade sexual e de gênero nas políticas públicas brasileiras contemporâneas. Tese (doutorado) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Instituto de Medicina Social, 2014.
LEITE, V. “Em defesa das crianças e da família”: Refletindo sobre discursos acionados por atores religiosos “conservadores” em controvérsias públicas envolvendo gênero e sexualidade. Sex., Salud Soc. (Rio J.) [online]. 2019a, n.32
LEITE, V. “A captura das crianças e adolescentes: refletindo sobre controvérsias públicas envolvendo gênero e sexualidade nas políticas de educação”. Série-Estudos, Campo Grande, MS, v. 24, n. 52, p. 11-30, set./dez. 2019b.
LINDNER, J. Deputada do PSL pede que alunos gravem vídeos para denunciar professores. Estadão, Brasília, 29 out. 2018. Disponível em https://bit.ly/3cAapiL. Acesso em 31 jan. 2021.
LOWENKRON, L. O monstro contemporâneo: a construção social da pedofilia em múltiplos planos. Rio de Janeiro: Eduerj, 2015.
MESSENBERG, D. A cosmovisão da "nova" direita brasileira. Pinheiro-Machado, R. & Freixo, A. de (org.). Brasil em Transe: Bolsonarismo, Nova Direita e Desdemocratização. Oficina Raquel, 2019.
MIGUEL, L. F. Da “doutrinação marxista” à "ideologia de gênero" - Escola Sem Partido e as leis da mordaça no parlamento brasileiro. Ver. Direito e Práxis, 2016, 7.
MISKOLCI, R.; CAMPANA, M. “Ideologia de gênero”: notas para a genealogia de um pânico moral contemporâneo. Rev. Sociedade e Estado – V. 32, N. 3, set./dez. 2017.
Rubin, G. Thinking sex: notes for a radical theory of the politics of sexuality. NARDI, P. M.; SCHNEIDER, B. E. (Ed.). Social perspectives in lesbian and gay studies. London: Routledge, 1998.
SCOTT, J. W. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade, v. 16, n 2, Porto Alegre, jul./dez. 1990.
SEDGWICK, E. A epistemologia do armário. Cad. Pagu [online]. 2007, n.28, p.19-54.
SEPÚLVEDA, J. A.; SEPÚLVEDA, D. Conservadorismo e educação escolar: um exemplo de exclusão. movimento-revista de educação, n. 5, jan. 2017.
WEEKS, J. Sex, Politics and Society: The Regulation of Sexuality since 1800, Nova York: Longman, 1981.
WEEKS, J. Sexuality and its discontents: Meanings, myths & modern sexualities. Nova York: Routledge, 1985.

Published

2021-03-30

How to Cite

LEÃO, M.; LEITE, V. The ones who dare to teach: Teachers’ resistance networks and public discourse against a “School Without Party”. Communitas, [S. l.], v. 5, n. 9, p. 65–78, 2021. Disponível em: https://periodicos.ufac.br/index.php/COMMUNITAS/article/view/4698. Acesso em: 17 jul. 2024.