Neste artigo objetivamos discutir sobre como a prática curricular matemática de uma professora da Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem desvelado o sentimento de pertencimento dos estudantes à modalidade. As discussões têm como base alguns áudios e imagens, trocados por meio de WhatsApp, entre professora e estudantes, em torno de uma atividade de Matemática, trabalhada de forma remota no período de isolamento social, no segundo semestre de 2020. Analisamos esses materiais a partir de referenciais teóricos do campo da EJA e da Educação Matemática. Dentre os resultados, verificamos que os estudantes têm se mostrados participativos e interessados em resolver as atividades propostas, mantendo assim, contato com a professora. Concluímos que o contexto de isolamento social aflorou um sentimento de carência dos estudantes em relação à escola, que as atividades propostas pela professora, somada às relações de proximidades e afetividade construídas entre ela e os estudantes, influenciam para que eles se sintam pertencente à escola e a EJA.