PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES NA FORMAÇÃO INICIAL DOCENTE: um caminho promissor para o desenvolvimento de uma educação integral e contextualizada

Odevilson de Souza   Felício; Lucinete Gadelha Costa; Whasgthon  Aguiar de  Almeida

doi:10.29327/268346.6.13-9

Autores

Odevilson de Souza Felício Universidade do Estado do Amazonas - UEM https://orcid.org/0000-0002-2204-9599
Lucinete Gadelha Costa Universidade do Estado do Amazonas - UEA https://orcid.org/0000-0002-2204-9599
Whasgthon Aguiar de Almeida Universidade do Estado do Amazonas - UEM https://orcid.org/0000-0002-2433-123X

DOI:

https://doi.org/10.29327/268346.6.13-9

Palavras-chave:

Formação docente, Interdisciplinaridade, BNC-formação, Educação Integral

Resumo

O presente artigo tem por finalidade fazer uma discussão da formação inicial docente numa perspectiva interdisciplinar. Trata-se de um estudo originado da Disciplina Formação de professores e práticas educativas: tendências e abordagens do Mestrado em Educação do Programa de Pós-graduação em Educação (PPGED) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Sua construção metodológica é de caráter bibliográfico pautado nas leituras e reflexões que norteiam as seguintes discussões, organizadas em três partes: A formação docente numa perspectiva interdisciplinar no contexto amazônico, a interdisciplinaridade na Base Nacional Comum (BNC) para formação de professores e as possibilidades e desafios da formação interdisciplinar. Além disso, busca-se compreender a importância do fenômeno da interdisciplinaridade, numa realidade amazônica, através de questionamentos com análise da sua fundamentação nos principais documentos oficiais do Ministério da Educação e Cultura (MEC). O enfoque interdisciplinar na formação docente se apresenta como novos espaços pedagógicos que possibilitem uma educação comprometida com a integração dos conhecimentos disciplinarizados em conexão com os conhecimentos prévios das populações locais. Para isto, se faz necessário que a formação docente priorize esta temática para que os futuros professores possam ser multiplicadores na Educação Básica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Odevilson de Souza Felício, Universidade do Estado do Amazonas - UEM

Licenciado em Química pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA) no ano de 2020. Especialista em Investigação Forense e Perícia Criminal pela UNIASSELVI. Especialista em Metodologia do Ensino da Química pela UNYLEYA. Mestrando em Educação pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), 2021.1 - Escola Normal Superior.

Lucinete Gadelha Costa, Universidade do Estado do Amazonas - UEA

Graduação em Pedagogia pela Universidade Federal do Amazonas (1995), Especialização em Educação Popular (1998), Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Amazonas ? UFAM (2001), Doutorado em Educação - Universidade Federal da Paraíba (2012) e Pós-doutorado em Educação pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Professora adjunta da Universidade do Estado do Amazonas- UEA, vinculada ao curso de Pedagogia, membro permanente do Programa de Pós-graduação em Educação em Ensino de Ciências na Amazônia Programa de Pós-Graduação de Educação da UEA. Coordenadora do Curso de Pedagogia do Campo no convênio Capes- UEA, Representante na coordenação do Doutorado Interinstitucional (DINTER) em Educação na pareceria UERJ- UEA. Líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Formação de Professores para a Educação em Ciências na Amazônia (GEPEC/UEA). Participante do Comitê Estadual da Educação do Campo e Fórum Nacional da Educação do Campo (FONEC). Membro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED) com experiência na área da Educação, com ênfase em formação de professores nos seguintes temas: Currículo, formação docente, prática pedagógica, Educação popular, Educação do campo, pesquisa, Educação de jovens e adultos, Gestão educacional e Ensino de Ciências.

Whasgthon Aguiar de Almeida, Universidade do Estado do Amazonas - UEM

Graduação em Pedagogia pela Universidade Federal do Amazonas (1995), Especialização em Educação Popular (1998), Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Amazonas ? UFAM (2001), Doutorado em Educação - Universidade Federal da Paraíba (2012) e Pós-doutorado em Educação pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Professora adjunta da Universidade do Estado do Amazonas- UEA, vinculada ao curso de Pedagogia, membro permanente do Programa de Pós-graduação em Educação em Ensino de Ciências na Amazônia Programa de Pós-Graduação de Educação da UEA. Coordenadora do Curso de Pedagogia do Campo no convênio Capes- UEA, Representante na coordenação do Doutorado Interinstitucional (DINTER) em Educação na pareceria UERJ- UEA. Líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Formação de Professores para a Educação em Ciências na Amazônia (GEPEC/UEA). Participante do Comitê Estadual da Educação do Campo e Fórum Nacional da Educação do Campo (FONEC). Membro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED) com experiência na área da Educação, com ênfase em formação de professores nos seguintes temas: Currículo, formação docente, prática pedagógica, Educação popular, Educação do campo, pesquisa, Educação de jovens e adultos, Gestão educacional e Ensino de Ciências.

Referências

ALBINO, A. C. A.; SILVA, A. F. BNCC e BNC da formação de professores: repensando a formação por competências. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 13, n. 25, p. 137-153, jan./mai. 2019. Disponível em: https://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/article/view/966. Acesso em: 15 jul 2019.

ARROYO, Miguel G. Currículo, território em disputa. Petrópolis: Vozes, 2011. Artmed, 2000.

AUGUSTO, T. G. S.; CALDEIRA, A. M. A. Dificuldades para implantação de práticas interdisciplinares em escolas estaduais, apontadas por professores da área de ciências da natureza. Investigações em Ensino de Ciências – v. 12(1), p.139-154, 2007.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação/Conselho Pleno (CNE/CP). Resolução CNE/CP nº 2, de 1º de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Diário Oficial da União: Seção 1, Brasília, DF, n. 124, p. 8-12, 2 jul. 2015.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação/Conselho Pleno (CNE/CP). Resolução CNE/CP nº 2, de 20 de dezembro de 2019. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). Diário Oficial da União: Seção 1, Brasília, DF, p. 46-49, 15 abr. 2020.

BRASIL. Decreto nº 9.759, de 11 de abril de 2019. Extingue e estabelece diretrizes, regras e limitações para colegiados da administração pública federal. Diário Oficial da União: Seção 1, Brasília, DF, 11 abr. 2019.

CASALI, M. D. O.; TOMAZI, T. G. SOARES, A. L. R. Os Desafios da Interdisciplinaridade: aliando teoria e prática. In: Simpósio Nacional de História: conhecimento histórico e diálogo social, 27, 2013, Natal, Anais. Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2013, p. 1-10.

CERICATO, I. L. A profissão docente em análise no Brasil: uma revisão bibliográfica. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos (online), Brasília, DF, v. 97, n. 246, p. 273-289, maio/ago. 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbeped/v97n246/2176-6681-rbeped-97-246-00273.pdf. Acesso em: 1º ago. 2021.

CERICATO, I.; CERICATO, L. A formação de professores e as novas competências gerais propostas pela BNCC. Revista Veras, São Paulo, v. 8, n. 2, p. 137-149, julho/dezembro, 2018.

COSTA, E. M.; MATTOS, C. C.; CAETANO, V. N. S. Implicações da BNC-formação para a universidade pública e formação docente. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 16, n. esp. 1, p. 896-909, mar. 2021. e-ISSN: 1982-5587.

DALAZOANA, E. Interdisciplinaridade na formação de professores: uma experiência com o tema cor. 2020. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Educação Matemática) - Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2020.

DOS SANTOS, A. S.; DA SILVA, G. S. Interdisciplinaridade no ensino superior: desafios e diálogos na academia. RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade, [S. l.], v. 3, n. 1, p. 05–16, 2017. Disponível em: https://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/370. Acesso em: 1 set. 2021.

FAZENDA, I. A. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. 4ª edição. Campinas: Papirus, 1994.

FAZENDA, I. A. Interdisciplinaridade: qual o sentido? São Paulo: Paulus, 2003.

FRIGOTTO, G. A interdisciplinaridade como necessidade e como problema nas ciências sociais. Revista do centro de Educação e Letras da Unioste. Campus de Foz do Iguaçu, v. 10, n. 1, p. 41-62, 2008.

GEPI. Grupo de Estudos e Pesquisa em Interdisciplinaridade – Educação: Currículo – Linha de Pesquisa: Interdisciplinaridade – v. 1, n. 4 (abr. 2014) – São Paulo: PUCSP, 2014.

HOFF, D. N.; DEWES, H.; RATHMANN, R.; BRUCH, K. L.; PADULA, A. D. Os desafios da pesquisa e ensino interdisciplinares. Revista Brasileira de Pós-Graduação, v. 4, n. 7, p. 42-65, 2007.

JACOB, J. W. Interdisciplinary trends in higher education. Palgrave Communications v. 1, n. 1, p. 1 5, 2015.

JAPIASSU, H. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago, 1976.

LEITE, V. C.; MESQUITA, N. A. S.; ALVARENGA, K. B.; BARBOSA, C. J. V.; FERREIRA, A. M. A Prática da Interdisciplinaridade na Formação Inicial de Professores de Ciências e Matemática: do Discurso à Prática. Revista Anhanguera, v. 11, p. 35-62, 2010.

LORIERI, M. A. Complexidade, interdisciplinaridade, transdisciplinaridade e formação de Professores. Notandum 23, p. 13-20, maio/ago. 2010.

LUCK, H. Pedagogia da interdisciplinaridade. Fundamentos teórico-metodológicos. Petrópolis: Vozes, 2001.

LÜDKE, M.; BOING, L. A. Do trabalho à formação de professores. Cadernos de Pesquisa, v. 42, n. 146, p. 428-451, 2012. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0100-15742012000200007. Acesso em: 02 set 2021.

MACEDO, Roberto Sidnei. Currículo, campo, conceito e pesquisa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017.

MESZÁROS, Istvan. Educação para além do Capital. São Paulo: Boitempo, 2008.

MILITÃO, A. N.; HOBOLD, M. S. APRESENTAÇÃO DO DOSSIÊ - FORMAÇÃO DE PROFESSORES. Colloquium Humanarum, v. 17, p. 1–9, 2020. Disponível em: https://journal.unoeste.br/index.php/ch/article/view/3906. Acesso em: 5 jul. 2022.

OLIVEIRA, A. L.; ARAUJO, D. A. C. Identidade do professor do século XXI. Sciencult, v.1, n.1, Paranaíba, 2009.

RIBEIRO, J. S. C.; PINHO, M. J. Interdisciplinaridade na Escola contemporânea. Revista de Educação, Linguagem e Literatura, v. 10, n. 1, p. 261-274, Maio. 2018.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 8ª ed. Campinas, SP: Autores associados, 2003.

TAVARES CRISTOVAM, M. C.; BERNARDES, R. C. Os desafios da interdisciplinaridade como instrumento de inovação em projetos pedagógicos no ensino superior: a experiência da UFABC. Revista InterCiente, v. 01, n. 01, p. 06-18, 2014.

TOURINHO, E. Z. Institucionalização do trabalho interdisciplinar. In: PACHECO, R. C. S.; FERNANDES, V.; JR, A. P. (Orgs). Ensino, Pesquisa e Inovação: desenvolvendo a interdisciplinaridade. Barueri, SP: Manole, 2017.

WALDMAN, H.; DALPIAN, G. M. A universidade e a construção. In: PACHECO, R. C. S.; FERNANDES, V.; JR, A. P. (Orgs). Ensino, Pesquisa e Inovação: desenvolvendo a interdisciplinaridade. Barueri, SP: Manole, 2017.