Ambiguidade de segmentação

casos em que a cadeia falada viabiliza segmentações de sentidos alternativos

Autores/as

  • Daniela Silva Ribeiro Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão - UEMASUL, Mestrado em Letras, Campus Imperatriz, Maranhão - Brasil https://orcid.org/0000-0002-8627-3936
  • Suely da Silva Lima Sá Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão - Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu, Mestrado Profissional em Letras https://orcid.org/0009-0005-8739-8318
  • Sônia Maria Nogueira Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão - UEMASUL, Programa de Pós-Graduação em Letras - PPGLE/UEMASUL, Maranhão - Brasil https://orcid.org/0000-0003-4005-4508

Palabras clave:

Semântica da Língua Portuguesa, Ambuiguidade de segmentação, Tirinhas, Charges, Memes

Resumen

Este trabalho insere-se na Linha de Pesquisa em Linguagem, Memória e Ensino, do PPGLe/UEMASUL, e tem por objetivo geral identificar casos em que há ocorrência da ambiguidade de segmentação. Além disso, entre os objetivos específicos: analisar a significação e sentidos alternativos presentes, especificamente no fenômeno semântico ambiguidade de segmentação, em tirinhas, charges e memes e, também, suas relações com a BNCC (Brasil, 2018). Para isso, o corpus consiste em tirinha, charge e meme, compartilhados em diversas mídias digitais. Assim, o aspecto de análise é a ambiguidade de segmentação. Para tanto, adotou-se como procedimento metodológico a abordagem qualitativa, de caráter descritivo, e dirige-se ao público especializado na área de Letras e Educação. Os fundamentos teóricos estão embasados, principalmente, em Ilari (2001), Ferrarezi Junior (2008), Abrahão (2018), entre outros. Os resultados comprovam que as tirinhas, charges e memes são ferramentas na construção de sentidos e são importantes aportes pedagógicos para refletir acerca da ambiguidade de segmentação, auxiliando no aprofundamento dos estudos semânticos e na compreensão da linguagem oral e escrita do processo ensino-aprendizagem. Verificou-se, ainda, que é possível identificar casos em que a cadeia falada é passível de segmentações de sentidos alternativos, causando ambiguidades. Evidenciou-se que a ambiguidade é um fenômeno semântico que estimula o raciocínio, a perspicácia dos leitores e a interpretação de mundo. O ensino desse aspecto semântico em sala de aula está voltado para a ampliação do conhecimento linguístico, tendo em vista a aprendizagem da língua materna, com o propósito de desenvolvimento da competência comunicativa dos alunos.



Biografía del autor/a

Daniela Silva Ribeiro, Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão - UEMASUL, Mestrado em Letras, Campus Imperatriz, Maranhão - Brasil

Mestranda em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Letras - PPGLe da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão - UEMASUL (Campus Imperatriz). Bolsista (FAPEMA) da Linha de Pesquisa em Linguagem, Memória e Ensino do PPGLe/UEMASUL. Experiência em Linguística, com ênfase em Semântica.

Suely da Silva Lima Sá, Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão - Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu, Mestrado Profissional em Letras

Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Maranhão (2016), especialista em Neuropsicopedagogia (2018), Saúde Mental e Atenção Psicossocial (2019). Atualmente é aluna do programa PPGLe, na linha de pesquisa linguagem, memória e ensino.

Sônia Maria Nogueira, Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão - UEMASUL, Programa de Pós-Graduação em Letras - PPGLE/UEMASUL, Maranhão - Brasil

Doutora em Língua Portuguesa (PUC-SP). Professora Classe D-Associado e pesquisadora da Graduação, do PPGLe e GELMA (UEMASUL). Autora de livros, capítulos de livros e artigos em periódicos nacionais e internacionais. Áreas de pesquisa: Língua Portuguesa, Historiografia linguística e Semântica.

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Publicado

2024-07-30

Cómo citar

Ribeiro, D. S. ., Sá, S. da S. L. ., & Nogueira, S. M. (2024). Ambiguidade de segmentação: casos em que a cadeia falada viabiliza segmentações de sentidos alternativos . Muiraquitã: Revista De Letras E Humanidades, 12(1). Recuperado a partir de https://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/7627