Ambiguidade de segmentação
casos em que a cadeia falada viabiliza segmentações de sentidos alternativos
DOI:
https://doi.org/10.29327/210932.12.1-6Palavras-chave:
Semântica da Língua Portuguesa, Ambuiguidade de segmentação, Tirinhas, Charges, MemesResumo
Este trabalho insere-se na Linha de Pesquisa em Linguagem, Memória e Ensino, do PPGLe/UEMASUL, e tem por objetivo geral identificar casos em que há ocorrência da ambiguidade de segmentação. Além disso, entre os objetivos específicos: analisar a significação e sentidos alternativos presentes, especificamente no fenômeno semântico ambiguidade de segmentação, em tirinhas, charges e memes e, também, suas relações com a BNCC (Brasil, 2018). Para isso, o corpus consiste em tirinha, charge e meme, compartilhados em diversas mídias digitais. Assim, o aspecto de análise é a ambiguidade de segmentação. Para tanto, adotou-se como procedimento metodológico a abordagem qualitativa, de caráter descritivo, e dirige-se ao público especializado na área de Letras e Educação. Os fundamentos teóricos estão embasados, principalmente, em Ilari (2001), Ferrarezi Junior (2008), Abrahão (2018), entre outros. Os resultados comprovam que as tirinhas, charges e memes são ferramentas na construção de sentidos e são importantes aportes pedagógicos para refletir acerca da ambiguidade de segmentação, auxiliando no aprofundamento dos estudos semânticos e na compreensão da linguagem oral e escrita do processo ensino-aprendizagem. Verificou-se, ainda, que é possível identificar casos em que a cadeia falada é passível de segmentações de sentidos alternativos, causando ambiguidades. Evidenciou-se que a ambiguidade é um fenômeno semântico que estimula o raciocínio, a perspicácia dos leitores e a interpretação de mundo. O ensino desse aspecto semântico em sala de aula está voltado para a ampliação do conhecimento linguístico, tendo em vista a aprendizagem da língua materna, com o propósito de desenvolvimento da competência comunicativa dos alunos.
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