O presente estudo faz parte da pesquisa intitulada Formação de professores: a leitura na aprendizagem da profissão docente, realizada com estudantes do curso de Pedagogia de uma universidade pública, localizada no interior cearense, em que objetivou-se compreender a percepção discente acerca da concepção de leituras proibidas, além de entender o papel da família na vida desses jovens leitores. As leituras tidas como “proibidas” apresentam um mundo de significado e simbolismo na constituição da identidade leitora dos sujeitos, pois acontecem em meio a diferentes contextos culturais e sociais. Utilizou-se a abordagem qualitativa da pesquisa, aplicando a técnica do grupo focal. Os dados coletados foram submetidos à análise de conteúdo. A pesquisa revelou que as “leituras proibidas” se constituem como um ato de curiosidade, que acompanha, principalmente, os jovens. Paralelamente a isso está a vigilância pedagógica, de cunho religioso e familiar, ainda presente, mesmo entre universitários. A leitura está para além da decodificação das palavras, tendo em vista que se constitui também como uma habilidade intelectual, permeando o sujeito ao longo da vida.