A presente entrevista tem como objetivo explicitar as particularidades de uma sujeita que adentrou nas práticas do crime e reincidências no sistema penitenciário do Acre, relatando pontos importantes na construção da sua identidade desde a sua formação familiar a entrada no sistema penitenciário, assim como aspectos sobre como pensa o mundo, demonstrando a realidade muitas vezes de sujeitos que estão à margem da sociedade. Para isso, foram realizadas duas entrevistas semiestruturadas, a primeira delas composta de vinte sete perguntas e a segunda entrevista composta de dez perguntas. As entrevistas ocorreram em dias alternados e todos com autorização da Instituição Penal, bem como autorização por escrito da sujeita entrevistada. Como resultado da entrevista foi realizado um estudo sobre mulheres em práticas criminosas e as possíveis reincidências no sistema penitenciário, tendo como conclusão que os diversos fatores, sejam eles, sociais, financeiros e familiares contribuem para a reincidência e para uma identidade fragmentada.