O presente artigo tem por objetivo apresentar o processo de migração retratado no romance Americanah (2014), de Chimamanda Ngozi Adichie, focando nas experiências vividas pela mulher negra, desde vivências em seu país de origem, passando pela descoberta enquanto negra e pela adaptação ao que se espera dela – tanto no que concerne à nacionalidade, quanto à raça e ao gênero –, e finalmente chegando ao momento do despertar crítico. Conclui que a mulher negra migrante sofre classificação negativa triplamente, não só sendo inferiorizada em relação a outros grupos, como também sendo submetida a toda sorte de imposições hegemônicas. Aponta, por fim, para a necessidade de descolonização das mentalidades pós-coloniais como forma de resistência ao modelo eurocêntrico.
Abstract:
This article aims to present the migratory process portrayed in the novel Americanah (2014), by Chimamanda Ngozi Adichie, focusing on black women experiences, from the ones in their country of origin, through their discovery while black and the adaptation to what is expected of them – concerning nationality as well as race and gender –, and finally reaching the moment of critical awakening. It concludes that immigrant black women suffer triply from negative rating, not only being outclassed in relation to other groups, as well as being subject to all sorts of hegemonic impositions. Finally, it points to the need of post-colonial mentality decolonization as a form of resistance to the Eurocentric model.
Keywords: Imigration; Black woman; Migratory processes; Chimamanda Ngozi Adichie.