Ensino de linguagens na educação de jovens e adultos
uma proposta de letramento crítico, social e de resistência
DOI:
https://doi.org/10.29327/210932.12.1-22Palabras clave:
Ensino de linguagens. Educação de Jovens e Adultos. Letramentos crítico/social de resistência.Resumen
Propomos com este estudo discutir o desenvolvimento dos letramentos crítico-social e de resistência através do ensino de linguagens e à luz da multimodalidade/semiótica. Objetiva refletir sobre o ensino de linguagens mediado por textos que circulem no cotidiano das cidades, cujos sentidos são constitutivos dos sujeitos nos espaços urbanos. Ancora-se na proposta da Linguística Aplicada Indisciplinar e da Linguística da Prática que primam pela inclusão do sujeito na materialidade textual. Como metodologia, apresenta um recorte de um projeto didático desenvolvido para uma turma da Educação Jovens e Adultos, circunscrito em dois momentos: sala de aula, onde o ensino de linguagens ocorreu mediado pelo gênero textual grafite; seguido de uma visita ao Museu Digital de Campina Grande-PB. Os resultados evidenciaram o papel da escola em democratizar espaços urbanos, e de promover o desenvolvimento de letramentos crítico-social e de resistência a partir da leitura do grafite, cuja origem impõe ao texto aspecto socialmente marginalizado.
Citas
ALMEIDA, F. A. A psicologia social e o papel do psicólogo na sociedade contemporânea. Revista Psicologia PT., Porto: Portugal, 2018. Disponível em: http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A1222.pdf. Acesso: 26 de fev. 2023.
AUST, W. Buraco negro em Londres – Inglaterra (Joe Hill). Mega Curioso, 2019. Disponível em: www.megacurioso.com.br/ilusao-de-optica/98820-19-artes-de-rua-em-3d-que-vao-enganar-o-seu-cerebro.html . Acesso em 29 de ago. de 2022.
BAUMAN, Z. A cultura no mundo líquido moderno. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.
BHABHA, H. K. O local da cultura. Trad. Myrian Ávila, Eliane L. de L. Reis e Gláucia Renate Gonçalves. Belo Horizonte: EDUFMG, 1998.
BORTONI-RICARDO, S M. O professor pesquisador: introdução a pesquisa qualitativa. São Paulo: Parábola, 2008.
BOURDIEU, P. Esboço de uma teoria da prática. In: ORTIZ, R. (Org.). A Sociologia de Pierre Bourdieu. São Paulo: Ática, 1994, p. 39-72.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB, 9394/1996. Brasília: MEC, 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Trabalhando com a educação de jovens e adultos: alunas e alunos da EJA. Brasília: MEC, 2006.
BRASIL, Ministério da Educação. ENCCEJA. Brasília: MEC, 2018a. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/encceja. Acesso: 09 de set. de 2022.
BRASIL, Ministério da Educação/MEC. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC; SEB, 2018b.
BRASIL, Ministério da Educação. Agenda Territorial de EJA. Brasília: MEC, 2018c. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/32737-eja Acesso: 09 de set. de 2022.
CAMPBELL, J. O poder do mito. São Paulo: Palas Athena, 2017.
CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000.
COURI, A. História das Artes visuais I – 2014.2, 2014. Disponível em: GRAFFITI, do paleolítico ao séc. XXI | História das Artes Visuais 1 - 2014.2 (wordpress.com). Acesso em 2 de nov. de 2023.
DARDOT, P.; LAVAL, C. O Comum: um ensaio sobre a revolução no século 21. Revista Lugar Comum: Estudos de Mídia, Cultura e Democracia, n-49, p. 1-9, 2017.
DIONÍSIO, . P. Multimodalidades e leituras: funcionamento cognitivo, recursos semióticos, convenções visuais. Recife: Pipa Comunicação, 2014.
FIORIN, J. L. A linguagem em uso. In: FIORIN, J. L. (Org). Introdução à linguística I: objetos teóricos. São Paulo: Contexto, 2008, p. 165-186.
BERGOGLIO, J. M. Laudato si’: sobre o cuidado da casa comum. Vatican.va., 24, maio, 2015. Disponível em: Laudato si' (24 de maio de 2015) | Francisco (vatican.va) Acesso: 13 de mar de 2023.
GERALDI, J. W. A leitura e suas múltiplas faces. In: GERALDI, J. W. Aula como acontecimento. São Carlos: Pedro & João, 2015, p. 103-112.
GUIMARÃES, E. Os limites do sentido: um estudo histórico e enunciativo da linguagem. Campinas-SP: Pontes, 2002.
GOODY, J. A domesticação da mente selvagem. Trad. Vera Josvelyne. Rio de Janeiro: Petrópolis, 2012.
MOITA LOPES, L. P. Uma Linguística Aplicada Mestiça e Ideológica: interrogando o campo como linguista aplicado. In.: MOITA LOPES, L. P. (Org). Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar. São Paulo: Parábola, 2006, p. 13-42.
MARCUSCHI, L. A. A questão do suporte dos gêneros textuais. Revista DLCV – V.1, N.1, p. 9-27, João Pessoa. Out., 2003.
MARQUES, M. W. F. Estéticas urbanas: grafite e tatuagem na sociedade contemporânea. Centro Universitário de Brasília – UniCEUB, Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas – FATECS - Curso de Comunicação Social. Brasília, 2013.
OLIVEIRA, L. F. Grafite & pichação: linguagens de intervenção, denúncia e construção de sentidos. Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Letras, Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Campina Grande-PB, 2016.
OLIVEIRA, L. F.; RODRIGUES, L. P. A leitura nas culturas híbridas: ação de linguagem e multimodalidade. In: LENDL, A. SOUZA, F. M. (Orgs). Ensino de línguas na contemporaneidade: multimodalidade e tecnologias digitais. São Paulo: Mentes Abertas, 2019, p. 33-50.
OLIVEIRA, L. F. Abordagem semiótica do texto multicultural nas aulas de leitura do Ensino Médio EJA. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação profissional em formação de professores/PPGFP, Faculdade de Letras da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Campina Grande/PB, 2020.
ORLANDI, Eni Puccinelli. Cidade dos sentidos. Campinas-SP: Pontes, 2004.
RODRIGUES, L. P. Por uma linguística da prática. In: ATAÍDE, C. et al. (Org). GELNE 40 ANOS: Experiências teóricas e práticas nas pesquisas em Linguística e Literatura. São Paulo: Blucher, 2017a. https://doi.org/10.5151/9788580392852-03
RODRIGUES, L. P. O oral e o escrito em práticas de eventos de letramento. In: NORONHA, C. A.; SÁ JÚNIOR, L. A. de., Org(s). Escola, ensino e linguagens. Natal: EDUFRN, 2017b.
RODRIGUEZ, D. Revista Trip: mural em quadrinho – Rio de Janeiro/Copacabana (Tito), 2011. Disponível em: https://revistatrip.uol.com.br/trip/quadrinhos-de-rua . Acesso em 23 de maio de 2023.
ROJO, R. O letramento escolar e os textos da divulgação científica: a apropriação dos gêneros de discurso na escola. Revista Linguagem em (Dis)curso-LemD. UNISUL: Santa Catarina, v. 8, n. 3, p. 581-612, 2008. https://doi.org/10.1590/S1518-76322008000300009
SANTAELLA, L. Matrizes da linguagem e pensamento: sonora, visual e verbal: aplicações na hipermídia. 3 ed. São Paulo: Iluminuras: FAPESP, 2005.
SANTAELLA, L. O que é semiótica. São Paulo: Brasiliense, 2007.
TONUCCI FILHO, J. B. M.; CRUZ, M. M. O comum urbano em debate: dos comuns na cidade, à cidade como comum? Revista Brasileira de Estudos Urbanos Regionais. São Paulo, V.21, N.3, p. 487-504, 2019. https://doi.org/10.22296/2317-1529.2019v21n3p487
WITTGENSTEIN, L. Investigações Filosóficas. Trad. José Carlos Bruni. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
ZUMTHOR, P. A letra e a voz. Trad.: Amálio Pinheiro, Jeruza Pires Ferreira - São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
ZUMTHOR, P. Introdução à poesia oral. Trad. Jerusa Pires Ferreira, Maria Lúcia Diniz e Maria Inês. São Paulo: HUCITEC, 1997.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Laécio Fernandes, Linduarte
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
