A geopoesia indígena Apinayé e Krahô
espaços de vida nativa
DOI:
https://doi.org/10.29327/210932.12.1-12Palavras-chave:
Poesia Krahô. Poesia Apinayé. Geopoesia. Vozes indígenas. Poesia nativa.Resumo
O presente artigo propõe uma análise crítico-literária de poemas Apinayé e Krahô, encontrados nas obras Poesia indígena: Etnopoesia Apinayé (Atena, 2021) e Poesia Indígena: etnopoesia Krahô (Atena, 2023). A partir das tradições, dos ritos e das vozes indígenas, propomos reflexões sobre os espaços geopoéticos e intersubjetivos das produções poéticas. Metodologicamente, é um estudo bibliográfico com viés qualitativo e interpretativo. Como fundamentação teórica, utilizamos Nimuendaju (1983); Graúna (2013, 2014); Dorrico, Danner e Danner (2020); Apinajé (2020); Esbell (2020); Souza (2018); Freitas (2008); Kambeba (2020, 2023); Krahô (2017); Melatti (1978); Minayo (2022); Munduruku (2012); Pereira júnior, Araújo e Testa (2023); Silva Júnior (2022); Silva e Testa (2022); Testa, Albuquerque e Apinajé (2021); Testa e Albuquerque (2021); Testa et al (2023). Como resultados, apontamos que a geopoesia indígena, vista como uma produção literária contemporânea de resistência e de reexistência, é capaz de expressar as realidades singulares geopoéticas e intersubjetivas (individuais e coletivas) dos povos indígenas.
Referências
APINAJÉ, Júlio Kramêr Ribeiro. Gernhõxwynh nywjê: fortalecimento da cantoria entre os jovens nos rituais Apinayé. Rio de janeiro: Pachamama, 2020. 60p.
DORRICO, Julie; DANNER, Leno Francisco; DANNER, Fernando. A literatura indígena brasileira contemporânea: a necessidade do ativismo por meio da autoria para a garantia da autonomia. In: Literatura Indígena Brasileira Contemporânea: autoria, autonomia, ativismo. DORRICO, Julie; DANNER, Fernando; DANNER, Leno Francisco (Orgs.). Porto Alegre: Editora Fi, 2020. p. 238-261.
DSEI. Distrito Sanitário Especial Indígena. População indígena. Boletim, junho de 2022.
ESBELL, Jaider. Literatura Indígena brasileira contemporânea: autoria, autonomia e ativismo - o que dizer e para quem? In: Literatura Indígena Brasileira Contemporânea: autoria, autonomia, ativismo. DORRICO, Julie; DANNER, Fernando; DANNER, Leno Francisco (Orgs.). Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2020, 2020. p. 20-25.
FREITAS, Ana Elisa de Castro. Territórios ameríndios: espaço de vida ativa no Brasil Meridional. In: Povos indígenas e educação. BERGAMASCHI, M. A. (Org.). Porto Alegre: Mediação, 2008. p. 17-28.
GRAÚNA, Graça. Contrapontos da literatura indígena contemporânea no Brasil. Belo Horizonte. Mazza, 2013. 200p.
______. Literatura: diversidade étnica e outras questões indígenas. In: Todas as musas. Ano 05, n.02, jan-jun 2014. pp. 52-57. Disponível em: <https://www.todasasmusas.com.br/10Graca_Grauna.pdf>. Acesso em: 02 out. 2023.
KAMBEBA, Márcia W. o olhar da palavra escrita de resistência. In: Literatura Indígena Brasileira Contemporânea: autoria, autonomia, ativismo. DORRICO, Julie; DANNER, Fernando; DANNER, Leno Francisco (Orgs.). Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2020. p. 89-97.
KRAHÔ, Gercília (2017). Lutas e Conquistas dos Povos Indígenas nos últimos anos (informação verbal). In: VI Seminário Bem Viver Indígena: Resistência dos povos do Cerrado frente aos grandes empreendimentos, na defesa dos territórios e fortalecendo o Bem Viver - Resistir para existir, nenhum direito a menos! 2017. Universidade Federal do Tocantins, Câmpus de Araguaina, 2017.
MELATTI, Julio César. Ritos de uma tribo timbira. São Paulo: Ática, 1978. 364p.
MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.) Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 21. ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 2002.
MUNDURUKU, Daniel. Literatura Indígena e as novas tecnologias da memória. Revista do laboratório de Linguagens Indígenas LETRA INDIGENA. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos. V.1, n.1, 2012. pp. 16-23. ISSN: 2316-445X
NIMUENDAJU, Curt. Os Apinayé. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, 1983.
PEREIRA JÚNIOR, Nilo Marinho; ARAÚJO, Edileuza Batista de; TESTA, Eliane Cristina. Entre cantos e poesias a voz de uma mulher indígena ecoa e resiste: entrevista com Márcia Kambeba. Revista ALEA Estudos Neolatinos, Rio de Janeiro, v. 25/1, p. 345-355, jan.- abr. 2023. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/alea/article/view/57868/31501. Acesso em 03 out. 2023.
SILVA JUNIOR, Augusto. Rodrigues da. Geopoesia da boa morte pelas ruas coralinas da tanatografia. In: Literatura e Autoritarismo, 2022, p. 119-136. Disponível em: https://doi.org/10.5902/1679849X70528. Acesso em: 04 out. 2023.
SILVA JUNIOR, Augusto Rodrigues da; MARQUES, Geórgia da Cunha. Godoy Garcia e Niemar: um canto geral centroestino. ECOS -Estudos Contemporâneos da Subjetividade. vol. 5, n. 2, 2015.
SILVA, Maria José Pereira. da; TESTA, Eliane Cristina. Muito além da Floresta: Entrevista com Márcia Wayna Kambeba. Revista Letras Raras, Campina Grande, V. 11, n. 2, pp. 296–301, 2022. DOI: 10.5281/zenodo.8223115. Disponível em: https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/952 . Acesso em: 2 out. 2023.
SOUZA, Ely Ribeiro de. Literatura indígena e direitos autorais. In: Literatura indígena brasileira contemporânea: criação, crítica e recepção. DORRICO, Julie et al (Orgs.). Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2018.
TESTA, Eliane Cristina; ALBUQUERQUE, Francisco Edviges; APINAJÉ, Júlio Kamêr Ribeiro. Poesia indígena: etnopoesia Apinayé. Ponta Grossa/PR: Atena, 2021.
______. et al. Poesia indígena: etnopoesia Krahô. Ponta Grossa/PR: Atena, 2023.
______.ALBUQUERQUE, Francisco Edviges. Poesia Apinayé/Português: contribuições para a literatura indígena. JNT-Facit Business And Technology Journal - ISSN: 2526-4281 QUALIS B1. Fevereiro, 2021. ed. n. 23. Vol. 1. p. 36-55.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Danielle Mastelari Levorato
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.