A VOZ QUE RESISTE AO ESCRAVISMO
gênero e raça na trajetória de Maria Firmina dos Reis
Palavras-chave:
Maria Firmina dos Reis, Historiografia literaria, gênero, RaçaResumo
Este artigo busca uma reflexão sobre a trajetória de Maria Firmina dos Reis, literata brasileira que, por séculos, foi relegada ao desconhecimento. Através de uma reflexão teórica sobre as questões de gênero e raça na escrita feminina, consoante ao que dispõe a História das Mulheres, refletiremos sobre as transgressões na escrita e nas demais atuações da romancista maranhense, que foi representada em diferentes percursos midiáticos. Para realizar tal análise, nos apropriaremos dos postulados teóricos de Simone de Beauvoir (2016a, 2016b), Virginia Woolf (2014, 2016), bell hooks (2019) e Djamila Ribeiro (2018), ao refletir sobre como a questão de gênero e raça atravessam a trajetória de Maria Firmina dos Reis, que confronta os discursos historiográficos e literários acerca da produção nacional, em uma estética narrativa que evoca um abolicionismo e uma negritude, em uma escrita que se inicia na segunda metade do século XIX e vai até os primeiros anos do século posterior.
Referências
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