De Simone Weil a Giorgio Agambem

considerações sobre o esfalecimento do humano diante da escravização nas relações de trabalho no Brasil

Autores

Palavras-chave:

Simone Weil. Giorgio Agamben. Escravização. Trabalho.

Resumo

A presente pesquisa tem como objetivo analisar os processos de esfacelamento da vida humana nas relações de trabalho no Brasil. Para tanto, adotamos como arcabouço teórico o pensamento de Simone Weil e Giorgio Agamben. Não obstante, lançamos mão de imagens cujo objetivo é narrar com maior concisão os processos de escravização e desumanização que fazem parte não somente do passado do Brasil como também assumem outras reconfigurações que, de modo indelével, marcam o presente das nossas relações de trabalho. Desse modo, a pesquisa partiu de uma análise bibliográfica dos autores acima mencionados, além de análises de bancos de dados sobre casos de trabalho análogo à escravização no Brasil. 

Biografia do Autor

Maria Lucia Rodrigues da Cruz, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Paraná - Brasil

Doutoranda e mestra em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR, com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Bacharela em Direito pela Faculdade de Direito Curitiba – UNICURITIBA.

Referências

ALENCASTRO, L., F. A vida privada e a ordem privada no império. In: ALENCASTRO, L., F. (Org). História da vida privada no Brasil. Império: a corte e a modernidade nacional. V. 2. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.

ARTE & ARTISTAS. O lavrador de café: leitura da obra de Cândido Portinari. 30 out.2016. Disponível em: https://arteeartistas.com.br/o-lavrador-de-cafe-leitura-da-obra-de-candido-portinari/#:~:text=Em%20%E2%80%9CO%20Lavrador%20de%20Caf%C3%A9,instrumento%20de%20trabalho%20t%C3%ADpico%20bra%C3%A7al. Acesso em: 27 jul. 2023.

BEAUVOIR, S. Mémoires d'une jeune fille range. Paris: Éditions Gallimard, 1958.

BINGEMER, M, C, L. “Escravidão e compaixão: sofrimento e vulnerabilidade na mística de Simone Weil”. Revista Portuguesa de Filosofia, v. 65, n.1, p. 821-839, 2009. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/41220902. Acesso em: 07 jul. 2023.

BLAUTH, Mariana. Como visitar o campo de concentração de Auschwitz, na Polônia. Mapa do Mundo.org. 03.08.2018. Disponível em: https://mapadomundo.org/polonia/campo-concentracao-auschwitz/. Acesso em: 27 jul. 2023.

CÉSAIRE, A. Discurso sobre o colonialismo. Trad. Claudio Willer. São Paulo: Veneta, 2020.

DUBREIL, J. História da arte: Paul Klee. Artmajeur Magazine, 28 de mar. de 2023. Disponível em: https://www.artmajeur.com/pt/magazine/5-historia-da-arte/paul-klee/333112. Acesso em: 28 jul. 2023.

FERREIRA, L., S; BIGNAMI, R. (Orgs.). Trabalho escravo na indústria da moda no Brasil. Brasília: SINAIT, 2021.

INTERNATIONAL LABOUR ORGANIZATION; WALK FREE; INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR MIGRATION. Global Estimates of modern slavery: forced labour and forced marriage. ILO/WF/IOM, Geneva, 2022. Disponível em: https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---ed_norm/---ipec/documents/publication/wcms_854733.pdf. Acesso em 16 jun. de 2023.

NOGUEIRA, Maria Simone Marinho. “Filosofia e espiritualidade em Simone Weil à luz da miséria humana”. Aufklärung, João Pessoa, v.7, n.esp., p.147-160, nov. 2020. https://doi.org/10.18012/arf.v7iesp.56749

ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. OIT. Trabalho forçado. 2021. Disponível em: https://www.ilo.org/brasilia/temas/trabalho-escravo/lang--pt/index.htm. Acesso em: 16 jul. 2023

PENHA, Daniela. Negros são 82% dos resgatados do trabalho escravo no Brasil. Repórter Brasil, 20.11.2019. Disponível em:https://reporterbrasil.org.br/2019/11/negros-sao-82-dos-resgatados-do-trabalho-escravo-no-brasil/. Acesso em: 20 jul. 2023

SAKAMOTO, Leonardo. Com 2.500 vítimas em 2022, Brasil chega a 60 mil resgatados da escravidão. Repórter Brasil, 24.01.2023. Disponível em: https://reporterbrasil.org.br/2023/01/com-2-500-vitimas-em-2022-brasil-chega-a-60-mil-resgatados-da-escravidao/#:~:text=O%20Brasil%20encontrou%202.575%20pessoas,Minist%C3%A9rio%20do%20Trabalho%20e%20Emprego. Acesso em: 27 jul. 2023

SALATI, Paula. Trabalho escravo no campo: o que dizem trabalhadores, fiscais e pesquisadores sobre o recorde de resgates. Portal G1, 26.03.2023. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2023/03/26/trabalho-escravo-no-campo-o-que-dizem-trabalhadores-fiscais-e-pesquisadores-sobre-o-recorde-de-resgates.ghtml. Acesso em: 27 jul. 2023

SONTAG, Susan. Regarding the pain of others. New York: Picador Moderna Classics, 2017. 192p.

VALLE, Bortolo. “Simone Weil: o sofrimento como pathos da filosofia”. Rev. Filos. Aurora, Curitiba, v. 31, n. 53, p. 574-603, mai./ago. 2019. http://10.7213/1980-5934.31.053.AO01. Acesso em: 22 jan. 2024

WAHOOART. Camponeses plantando batatas de Vincente van Gogh. (1884). Disponível em: https://pt.wahooart.com/a55a04/w.NSF/O/BRUE-5ZKGC7. Acesso em: 27 jul. 2023

WEIL, Simone. La condition ouvrière. Paris: Les Éditions Gallimard, 1951. 375p.

WEIL, Simone. A ilíada ou o poema da força. In: BOSI, E. (Org.). A condição operária e outros estudos sobre a opressão. Trad. Terezinha Langlada. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

Downloads

Publicado

2024-07-30

Como Citar

Cruz, M. L. R. da . (2024). De Simone Weil a Giorgio Agambem: considerações sobre o esfalecimento do humano diante da escravização nas relações de trabalho no Brasil. Muiraquitã: Revista De Letras E Humanidades, 12(1). Recuperado de https://periodicos.ufac.br/index.php/mui/article/view/6966