O mito e o mito da doutrinação de gênero nas escolas sob o olhar da enunciação

Autores

  • Márcio Battisti Universidade de Passo Fundo, Programa de pós-graduação em Letras https://orcid.org/0000-0001-6605-0957
  • Claudia Stumpf Toldo Oudeste Universidade de Passo Fundo, Instituto de Humanidades, Ciências, Educação e Criatividade, Programa de Pós-Graduação em Letras, Rio Grande do Sul-Brasil https://orcid.org/0000-0002-2960-0734

DOI:

https://doi.org/10.29327/210932.10.2-11

Palavras-chave:

Enunciação. Testemunha. Cultura. Sociedade. Educação.

Resumo

Este estudo aproxima a teoria da enunciação, de Émile Benveniste, principalmente os conceitos de língua, homem, sociedade, cultura e sujeito da enunciação, encontrados em seus Problemas de Linguística Geral I e II, com o conceito de testemunho desenvolvido por Giorgio Agamben, no livro O que resta de Auschwitz: o arquivo e a testemunha, com intuito de analisar o discurso de Jair Bolsonaro, durante a campanha eleitoral de 2018, acerca de uma suposta doutrinação de gênero, por meio de um “kit gay”, que, segundo ele, está acontecendo nas escolas brasileiras. Para isso, explorou-se a relação língua/linguagem, evidenciando a potência interpretante da língua sobre a linguagem, esta definida por Benveniste como expressão do pensamento humano, o qual, quando enunciado, possibilita ao homem existir na e pela língua. Além disso, para entender a relação linguagem/sociedade e a relação linguagem/cultura, segundo a teoria benvenistiana, precisamos considerar que a língua contém a sociedade.

Biografia do Autor

Márcio Battisti, Universidade de Passo Fundo, Programa de pós-graduação em Letras

Doutor em Letras pela Universidade de Passo Fundo. Mestre em Letras pela Universidade de Passo Fundo (2014). Tem experiência na área de Letras/Linguística, com ênfase em Linguística da Enunciação.

Claudia Stumpf Toldo Oudeste, Universidade de Passo Fundo, Instituto de Humanidades, Ciências, Educação e Criatividade, Programa de Pós-Graduação em Letras, Rio Grande do Sul-Brasil

Doutora em Linguística pela PUCRS, Pós-doutorado em estudos do texto pela UFRGS. Professora e Coordenadora do PPGL - Universidade de Passo Fundo/RS. Realiza pesquisas em Teorias da Enunciação, principalmente, estuda as reflexões teóricas de Émile Benveniste. Pesquisadora CNPq.

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Publicado

2022-12-12

Como Citar

Battisti, M., & Oudeste, C. S. T. . (2022). O mito e o mito da doutrinação de gênero nas escolas sob o olhar da enunciação. Muiraquitã: Revista De Letras E Humanidades, 10(2). https://doi.org/10.29327/210932.10.2-11