O mito e o mito da doutrinação de gênero nas escolas sob o olhar da enunciação
DOI:
https://doi.org/10.29327/210932.10.2-11Palabras clave:
Enunciação. Testemunha. Cultura. Sociedade. Educação.Resumen
Este estudo aproxima a teoria da enunciação, de Émile Benveniste, principalmente os conceitos de língua, homem, sociedade, cultura e sujeito da enunciação, encontrados em seus Problemas de Linguística Geral I e II, com o conceito de testemunho desenvolvido por Giorgio Agamben, no livro O que resta de Auschwitz: o arquivo e a testemunha, com intuito de analisar o discurso de Jair Bolsonaro, durante a campanha eleitoral de 2018, acerca de uma suposta doutrinação de gênero, por meio de um “kit gay”, que, segundo ele, está acontecendo nas escolas brasileiras. Para isso, explorou-se a relação língua/linguagem, evidenciando a potência interpretante da língua sobre a linguagem, esta definida por Benveniste como expressão do pensamento humano, o qual, quando enunciado, possibilita ao homem existir na e pela língua. Além disso, para entender a relação linguagem/sociedade e a relação linguagem/cultura, segundo a teoria benvenistiana, precisamos considerar que a língua contém a sociedade.
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