Demanda Contínua
Vol. 5 Núm. 9 (2021): POLÍTICAS PÚBLICAS E IGUALDADE DE GÊNERO: estratégias de resistência e existência
Foucault y Borges: : de la literatura al Método Arqueológico
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e Universidade de São Paulo (USP)
-
Enviado
-
December 19, 2019
-
Publicado
-
2021-03-30
Resumen
Este artigo propõe pensar o método arqueológico de Michel Foucault, exposto em “As Palavras e as Coisas” e em “Arqueologia do Saber”, e como este se catalisa a partir da obra de Borges, relacionando-se intimamente com a Literatura. Para tal, analisar-se-á, primeiramente, algumas marcas epistemológicas e metodológicas do mesmo, tais com o estruturalismo e a hermenêutica, para, então, se retomar as passagens de Borges na obra de Foucault e se estabelecer as possíveis reverberações e impactos do autor argentino no método arqueológico – marcando-se, assim, a importância dos operadores estético-literários no pensamento de Michel Foucault.
Citas
- ALVES, M. A. S. “O homem e a crítica em As palavras e as coisas: Kant, Nietzsche, Foucault e além”. In: Revista Sapere aude. Belo Horizonte, v. 7, n. 12, p. 7-21, 2016.
- AZEVEDO, R. C. S.; RAMOS, F. R. S. “Arqueologia e Genealogia como opções metodológicas de pesquisa na Enfermagem”. In: Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília (DF), v. 56, n. 3, 2003, p. 288-291.
- AZEVEDO, C. A Spätphilosophie de F. W. Schelling e o desdobrar da consciência humana. Kriterion, Belo Horizonte, v. 55, n. 130, p. 549-560, 2014.
- BARTHES, R. “Literatura e metalinguagem”. In: Crítica e verdade. Trad. Leyla Perrone -Moisés, São Paulo: Perspectiva, 1982.
- ____. “La mort de l’auteur”. In: ____. Œuvres complètes, Paris: Seuil, 2002.
- BORGES, J. L. Obras Completas 1923-1972. Buenos Aires: Emecé, 1974.
- DA SILVA, Gustavo Ruiz. "Resenha de MUNÕZ, Yolanda G. Isócrates e Nietzsche: uma relação perigosa?." Estudos Nietzsche 10.2 (2019).
- _____. "A IMAGEM DE SI: ENTRE OBEDIÊNCIA E SUBJETIVIDADES DISSONANTES." Cippus 8.2 (2020a): 59-67.
- _____. "Entre outras oniromancias: dos gregos aos ameríndios." PARALAXE 7.1 (2020b): 85-97.
- _____. "Por uma Moral Forte: Jesus-Nietzsche conciliados contra o Crime." Revista Alabastro 1.13 (2020c): 18-28.
- _____. "GROS, Frédéric. Desobedecer. São Paulo: Ubu Editora, 2018. 224p." Argumento 16 (2020): 117-126.
- DA SILVA, Gustavo Ruiz ; MENICONI, Pedro Almeida. "Da lepra ao mundo pós-COVID19: um estudo a partir das formas disciplinares.” In: Filosofia Política: Perspectivas pós COVID-19, v. 1, pp. 103-116, 2020.
- DEKENS, O. Michel Foucault: A verdade de meus livros este no futuro. Trad. Roberto M. Ribeiro. São Paulo: Loyola, 2015.
- DREYFUS, L.; RABINOW, P. Michel Foucault, uma trajetória filosófica: além do estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.
- FOUCAULT, M. “Foucault passe-frontières de la philosophie”. In: Le Monde, 6 sept. 1986.
- ____. Dits et écrits: 1954 – 1988. Paris: Gallimard, 1994.
- ____. A Arqueologia do Saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009.
- ____. A Ordem do Discurso, aula inaugural no Collége de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. São Paulo: Ed. Loyola, 2016.
- ____. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. 9ª ed. Trad. Salma Tannus Muchail. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
- ____. Foucault (1984). In: ____. Dits et Écrits, v. 2: 1976-1988. Paris: Gallimard, collection « Quatrième », p. 1450-1455, 2001.
- GEERTZ, C. “Uma Descrição Densa: Por Uma Teoria Interpretativa da cultura”. In: ____. A Interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
- GOMES JR. G. S. Borges, disfarce de autor. São Paulo: Educ, 1991.
- GONÇALVES, S. C. “O método arqueológico de análise discursiva: o percurso metodológico de Michel Foulcault”. In: História e-História. Campinas/SP: NEE-UNICAMP, v. 1, 4 de fevereiro, p. 1-21, 2009.
- LÉVI-STRAUSS, C. Antropologia Estrutural. Trad. Beatriz Perrone-Moisés, Rio de Janeiro: Cosac Naify, 2008.
- MENEZES, A. B. N. T. “Foucault, Borges e a experiência da linguagem”. In: Saberes, Natal – RN, v. 1, n. 1, 2008.
- NIETZSCHE, F. Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. Tradução, notas e posfácio de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
- MUNÕZ, Yolanda G. Isócrates e Nietzsche: uma relação perigosa? São Paulo, Ed. Paulus, 2019.
- SABOT, P. “La préface, le livre l’auteur: de Foucault à Borges”. In: A Palo Seco – Escritos de Filosofia e Literatura. Itabina-SE, v. 2, n. 5, 2013.
- SOUTO, C. “A articulação saber-poder no debate entre Chomsky e Foucault”. In: Anais do Seminário dos Estudantes de Pós-grad. em Filo. da UFSCar, 2014.
- THIRY-CHERQUES, H. R. À moda de Foucault: um exame das estratégias arqueológica e genealógica de investigação. Lua Nova, São Paulo, n. 81, p. 215-248, 2010.
- VEYNE, P. Foucault. O pensamento, a pessoa. Trad. Luís Lima. Lisboa: Edições Texto & Grafia, 2009.
- WERNECK, M. “Claude Lévi-Strauss e as anamorfoses do mito”. In: Revista Margem. São Paulo, nº 16, p. 51-63, 2002.