ENTRE RUPTURAS E PERMANÊNCIAS
a construção histórica da docência e seus desafios contemporâneos
DOI:
https://doi.org/10.29327/2435693.13.1-8Palavras-chave:
perspectiva histórica; papel do professor; desafiosResumo
O presente artigo analisa, sob uma abordagem histórico-crítica, a constituição do trabalho docente e os desafios enfrentados pela profissão na contemporaneidade. A pesquisa parte da constatação de que a docência é uma prática historicamente situada, marcada por permanências e rupturas que refletem as transformações sociais, políticas, culturais e tecnológicas de cada época. O objetivo principal é compreender como o papel do professor foi sendo ressignificado ao longo da história, desde as sociedades antigasaté o século XXI, e de que maneira esses processos impactam as condições atuais de trabalho e a valorização profissional. Para tanto, adota-se uma metodologia de cunho bibliográfico, fundamentada em autores como Tardif, Nóvoa, Freire e Saviani, entre outros, permitindo uma análise crítica dos principais marcos históricos, conceituais e políticos que moldaram a docência. Os resultados apontam para a existência de tensões permanentes entre a concepção da docência como vocação ou profissão, a sobrecarga e precarização do trabalho docente, bem como os desafios impostos pelas novas tecnologias educacionais. Conclui-se que uma compreensão histórica da docência é essencial para a formulação de políticas públicas que reconheçam o papel estratégico dos professores na formação cidadã e na construção de uma educação crítica, inclusiva e socialmente comprometida.Palavras-chave: docência; história da educação; valorização profissional; desafios contemporâneos.
Downloads
Referências
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2006.
BOWLES, Samuel; GINTIS, Herbert. Escola e reprodução social. São Paulo: Ática, 1976.
COSTA, Marisa Vorraber. Docência e identidade profissional. São Paulo: Cortez, 1995.
DURKHEIM, Émille. Educação e sociologia. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1922.
ENGUITA, Mariano Fernandez. A ambiguidade da educação. Lisboa: Instituto Piaget, 1993.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
GADOTTI, Moacir. História das ideias pedagógicas. São Paulo: Cortez, 2000.
GATTI, Bernardetti A. Formação de professores no Brasil: características e problemas. Educação & Sociedade, Campinas, v. 31, n. 113, p. 1355-1379, out./dez. 2010.
IMBERT, Florent. Os mestres da república: educação na França iluminista. São Paulo: Editora Unesp, 1999.
JAEGER, Werner. Paideia: A formação do homem grego. Trad. Maria Lucia Machado. Rio de Janeiro: Edições 70, 1995.
KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas: Papirus, 2007.
KANT, Immanuel. Sobre a pedagogia. Trad. Pedro Pires de Lima. São Paulo: Editora 34, 1803.
LE GOFF, Jean-François. Os intelectuais na Idade Média. Trad. Maria de Lourdes de Castro. São Paulo: Editora Brasiliense, 1984.
MARCELO GARCÍA, C. Formação de professores: para uma mudança educativa. Porto: Porto Editora, 1999.
MARROU, Hill. I. História da educação na Antiguidade. Trad. Gilberto de Mello Kujawski. São Paulo: Edições 70, 1965.
MORAN, José Manuel. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus, 2000.
NÓVOA, António. O professor e a sua formação. Porto: Edições Afrontamento, 1992.
SANTOS, Boaventura de Souza. A gramática do tempo: para uma nova cultura política. São Paulo: Cortez, 2004.
SAVIANI, Demerval. História das ideias pedagógicas no Brasil. Campinas: Autores Associados, 2007.
TARDIF, Maurício. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.