Prática docente e o reconhecimento da vivência periférica no ensino de história por meio do rap e do funk

uma proposta de ensino-aprendizagem

Autores

Resumo

O presente trabalho visa apresentar duas propostas de ensino que buscam reconhecer os gêneros musicais rap e funk, que são predominantemente produzidos e consumidos por jovens moradores de periferia, como fontes musicais no ensino de História. Nesse sentido, o trabalho se justifica pela necessidade de (re)pensar e construir um processo de aprendizagem democrático que possibilite um diálogo direto com os estudantes por meio da música a partir da metodologia de ensino freiriana. O rap e o funk sendo ritmos musicais muito discriminados no país, muitas das vezes sua aceitação em sala de aula encontra barreiras. Porém, o professor ao trabalhar o ensino de história dentro de sala de aula, precisa se posicionar contra as opressões sociais a partir da sua prática de ensino. Logo, o ensino de história precisa estar de acordo com um posicionamento político contra toda e qualquer opressão, descriminação e preconceito social. As discussões inseridas no texto e as propostas de ensino também buscam enriquecer o debate sobre a importância da construção de um ensino popular, que reconheça a sabedoria e a cultura orgânicas pertencentes às camadas populares. Tais colocações fundamentam-se na experiência como residentes docentes em História no Ensino Fundamental, como também, na vivência como estudantes periféricos que muitas das vezes não se enxergaram no ambiente escolar.

Biografia do Autor

Luana Brunely da Silva, Universidade Federal de Ouro Preto

Graduada em História pelo Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) - Campus Mariana. Além disso, é coordenadora do podcast VISÃO DE BAIXO da Rádio Plural, produzido por alunos da Universidade Federal de Ouro Preto. Também possui estudos voltados para área de conhecimento sobre Tempo Presente e Colonialismo com foco nas relações de dominação e exploração enraizadas historicamente na colonização na América e a sua relação com o genocídio negro no sistema prisional. Além do mais atua como coordenadora pedagógica do Conexão Zulu que é um coletivo que busca reivindicar a arte como canal de conexão, linguagem e ampliação da cultura marginal por meio do letramento racial elaborado a partir da linguagem do hip-hop ao possibilitar outras experiências no ensino por meio da arte educação. Ademais é membra do grupo de pesquisa Crítica do Direito e Subjetividade Jurídica, vinculado a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo-USP. Também atua como membra do Núcleo de Estudos Afro-brasileiro e Indígena (Neabi-UFOP) e é coordenadora do Coletivo Negro Braima Mané, vinculado a Universidade Federal de Ouro Preto(UFOP). Atualmente atua como bolsista do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNEE), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG)- campus Ouro Preto.

Vitor Rocha Damasceno, Universidade Federal de Ouro Preto-UFOP

Graduando em História pela Universidade Federal de Ouro Preto-UFOP

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Publicado

2024-12-03

Como Citar

da Silva, L. B., & Rocha Damasceno, V. . (2024). Prática docente e o reconhecimento da vivência periférica no ensino de história por meio do rap e do funk: uma proposta de ensino-aprendizagem. Das Amazônias, 7(2), 213–232. Recuperado de https://periodicos.ufac.br/index.php/amazonicas/article/view/7472