O BLACKFACE NO CARNAVAL BRASILEIRO E A LEGITIMAÇÃO DO RACISMO RECREATIVO

Autores

  • Alana Herculano
  • Kennedy Alves Universidade Federal do Acre

Resumo

O presente trabalho busca abordar o racismo recreativo presente e velado durante o período carnavalesco, incutido no uso de fantasias preconceituosas e “marchinhas” que ofendem a identidade e cultura negra. Tem-se por objetivo identificar práticas racistas, que inviabilizam a identidade negra, introduzidas e constituídas no processo de dominação e hierarquização da sociedade, partindo de um grupo racial em detrimento a outro, a fim de colaborar para a percepção de práticas racistas durante o carnaval. Do ponto de vista metodológico, será realizada uma pesquisa bibliográfica qualitativa em artigos científicos e algumas obras de autores como Pinto (2019), Arantes (2013), Ribeiro (2018) e Moreira (2019). Assim, foi possível trazer o entendimento de que práticas racistas e discriminatórias fazem-se presentes de forma normalizada em uma sociedade que visa manter as engrenagens coloniais, legitimando estereótipos pejorativos, tornando vazia de significados a cultura e identidade negra. Desta forma, conclui-se que é necessária a implementação de medidas que combatam práticas que legitimem o racismo recreativo, sendo imprescindível, ainda, a efetivação de uma educação antirracista que contribua para a articulação de uma sociedade que não perpetue diferenças e preconceitos causadores de humilhações e traumas.

PALAVRAS-CHAVES: Blackface; Carnaval; Racismo Recreativo; Humor Racista.

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Publicado

2020-05-20

Como Citar

Herculano, A., & Alves, K. . (2020). O BLACKFACE NO CARNAVAL BRASILEIRO E A LEGITIMAÇÃO DO RACISMO RECREATIVO. Das Amazônias, 3(1), 04–15. Recuperado de https://periodicos.ufac.br/index.php/amazonicas/article/view/3483