O presente artigo tem como tema: pedagogia visual: uso de estratégias de ensino de inglês aplicáveis aos alunos surdos. Nesta perspectiva, ao propor a revisão literária acerca da temática em questão, entende-se que seja um artigo que requer pesquisa, dedicação e sensibilidade para o ensino, mas ensinar para alunos surdos torna-se ainda mais desafiador e empolgante, especialmente quando há a necessidade de mudanças nos processos tradicionais de ensino que em nada favorece o aprendizado destes alunos. A utilização da estratégia educacional para os alunos é essencial em qualquer instituição de ensino que trabalhe com este público, isto requer planejamento, pesquisas e atendimento ao aluno nas atividades pedagógicas. O objetivo geral é compreender as propostas de ensino aos alunos surdos por meio de metodologias e didáticas que contemplem o visual nos conteúdos elaborados, dentro de uma perspectiva bilíngue. Assim sendo, buscou-se embasamento teórico para percepção e verificação dos tipos de abordagens, como também, as possíveis propostas de novas formas de ensino. Foi possível constatar também discursos que prescrevem a inclusão como forma de garantia do acesso do aluno surdo à educação em conjunto com ouvintes, no entanto, isso provoca mudanças e adaptações do contexto escolar que na prática não funciona. Verificou-se que o professor muitas das vezes fica sobrecarregado e sem estrutura, por conta de prescrições de outros que quase sempre em nada tem a ver com o processo de ensino/aprendizagem, em outras palavras, o planejado não é o que foi realizado.
References
ALBRES, N. A.; OLIVEIRA, S. R. N. Concepções De Linguagem e Seus Efeitos Nas Comunidades Surdas. In: ALBRES, N. A.; NEVES, S. L. G. (Orgs.) Libras em estudo: política linguística. São Paulo: FENEIS, 169. 170 p. 2013.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: http://portal.mec.gov.br. Acesso em 16 mai. 2022.
_______. [Lei Darcy Ribeiro (1996)]. LDB: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. – 5. ed. – Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação Edições Câmara, 2010. Disponível em: http://bd.camara.gov.br. Acesso em 16 mai. 2022.
CAMPELLO, A. R. e S. Aspectos da Visualidade na Educação de Surdos. Tese (doutorado), 2008.
CAMPELLO, A. R. e S. Pedagogia visual na educação de surdos-mudos. capítulo dos volumes da Editora Arara Azul, 2007.
CRUZ, R. C. V.; FERREIRA, V. A. S.; VILELA, M. A. O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais/língua portuguesa (TILSP). Cartilha Técnica. Instituto Federal De Educação, Ciência E Tecnologia Triângulo Mineiro. 2016.
FELTRIN, Antônio Efro. Inclusão social na escola: quando a pedagogia se encontra com a diferença. São Paulo: Paulinas, 2011.
FERNANDES, S. Educação de Surdos. 2ª Ed. Curitiba: Ibpex, 2011.
FERREIRA, F. M. R. Formação docente: concepções sobre o contexto bilíngue de ensino para surdos. Lavras: UFLA, 2016. 135p Dissertação (mestrado profissional) – Universidade Federal de Lavras, 2016.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
LACERDA, C. B. F.; SANTOS, L.F.; CAETANO, J. F. Estratégias metodológicas para o ensino de alunos surdos. In: LACERDA, C. B. F.; SANTOS, L.F. (Orgs.) Tenho um aluno surdo, e agora? Introdução à LIBRAS e educação de surdos. São Carlos: EDUFSCar, 2014.
LACERDA, C. A inclusão escolar de alunos surdos: o que dizem alunos, professores e intérpretes sobre esta experiência. Cad. CEDES 26 (69). Ago, 2006. Disponível pelo link: https://www.scielo.br/j/ccedes/a/KWGSm9HbzsYT537RWBNBcFc/?lang=pt. Acesso em 04 de jul de 2022.
LODI, A. C. B. Ensino da Língua Portuguesa como segunda língua para surdos: impacto na educação básica. In: LACERDA, C. B. F.; SANTOS, L.F. (Orgs.) Tenho um aluno surdo, e agora? Introdução à LIBRAS e educação de surdos. São Carlos: EDUFSCar, 2014.
MATTOS, A. M. A. Novos Letramentos: perspectivas atuais para o ensino de inglês como língua estrangeira. Signum: Estudos da Linguagem, Londrina, v. 17, n. 1, p. 102-129, jun. 2014.
PERLIN, G. Identidades Surdas. In: SKLIAR, C. A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação, 1998. p. 51-74.
QUADROS, R. M. Estudos Surdos I. Petrópolis, RJ: Arara Azul, 2006.
QUADROS, R. M. Estudos Surdos II. Petrópolis, RJ: Arara Azul, 2008.
ROCHA, C.H.; BRAGA, D.B.; CALDAS, R. R. (Orgs.) Políticas linguísticas, ensino de línguas e formação docente: desafios em tempos de globalização e internacionalização. Campinas, SP: Pontes Editores, 2015.
STROBEL, K. As imagens do outro sobre a Cultura Surda. Florianópolis: Ed. Da UFSC, 2008.
TAVARES, I. M. S; CARVALHO, T. S. S. Inclusão escolar e a formação de professores para o ensino de Libras (língua brasileira de sinais): do texto oficial ao contexto. In: Pesquisa em Educação: Desenvolvimento, ética e responsabilidade social, 2010.
VITALIANO, DALL' ACQUA, Maria Julia C.; BROCHADO, Sônia Maria D. Língua Brasileira de Sinais nos currículos dos cursos de Pedagogia das Universidades Públicas dos Estados do Paraná e de São Paulo: caracterização da disciplina, Londrina: EDUEL, 2010.