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Dossiê Temático

v. 4 n. 8 (2020): DESDOBRAMENTOS: PAISAGENS LITERÁRIAS NO SÉCULO XXI

A ESCRITA DIARÍSTICA DE NI BRISANT E O CONTRATO DE LEITURA DA LITERATURA MARGINAL

Enviado
setembro 3, 2020
Publicado
2020-12-15

Resumo

O objetivo do trabalho parte da questão de como se caracteriza a escrita de si em A Revolução dos Feios (2016), do escritor Ni Brisant, e de que maneira tal estilo relaciona-se com o valorizado efeito de real da cultura do hip-hop. Além disso, como o tema da viagem é recorrente na obra do escritor, buscou-se refletir sobre a maneira como o gênero diarístico colabora para a elaboração do referido tema. Nesse sentido, com o suporte da teoria das escritas de si, principalmente dos estudos de Lejeune (2014), analisou-se os contos/relatos diarísticos “Coveiro no Éden” e “A Revolução dos Feios”. Assim, foi possível perceber que, além de o gênero diarístico oferecer recursos produtivos para a escrita de Ni Brisant, uma vez que intensifica o “efeito de real” prestigiado pelo grupo, ainda tensiona a configuração do lugar de enunciação marcadamente paulistano da literatura marginal, pois os relatos autobiográficos do escritor baiano lidam com o estranhamento em relação a esse lugar.

Referências

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