Das frestas da conquista
Corpos negros escrevendo a liberdade na saint-domingue (Haiti) do século XVIII
DOI:
https://doi.org/10.29327/268903.6.2-7Resumo
Este artigo é um recorte/reformulação de tese de doutoramento defendida em julho de 2023 e objetiva discutir o embate linguístico operado por mulheres e homens escravizados na parte ocidental da ilha de Hispaniola acerca dos temas da igualdade, liberdade e propriedade no século XVIII. Na linguagem da resistência à escravidão esses sujeitos reformulavam teorias, ressignificavam palavras e teciam, com seus corpos, artes para se libertar, torcendo o verbo proveniente da metrópole francesa, para organizar a primeira república negra das Américas, o Haiti. Trata-se de uma abordagem baseada em revisão bibliográfica e documental orientada pelas perspectiva teórico/crítica de autores como James (2000), Hurbon (1987), Mbembe (2018), Orlandi (2007), Trouillot (2016), Protzel (2015) e Seguy (2009). As conclusões apontam para um complexo conjunto de táticas de luta e sobrevivência organizados pelos escravizados desde o século XV, que impactaram direta ou indiretamente os circuitos políticos entre Europa e América no XVIII. A luta em torno da igualdade e da liberdade continua reverberando nas diásporas de afro-caribenhos em diáspora pelo Brasil na atualidade.
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