Este estudo insere-se na perspectiva teórico-metodológica da Antropologia do Imaginário de Gilbert Durand e da Antropologia da Complexidade de Edgar Morin. Seu foco está no imaginário da formação docente do Curso de Letras de Cruzeiro do Sul, tendo como objetivo localizar as origens míticas que norteiam essa licenciatura, a fim de deixar emergir dos discursos presentes nesse espaço educacional imagens de professor. Foi analisado o Projeto Pedagógico do Curso de Letras, por meio da mitocrítica, método dos estudos durandianos que permitiu acessar o imaginário de formação desse curso. Daí, surgiram as ideias-forças “formação humanística” e “diálogo entre tradição e inovação”, que remetem à imagem arquetípica do puer et senex, trazendo o encontro do novo com o velho. O estudo mostrou a presença de um matiz humanista, salvaguardando alguns dos valores e dos princípios de uma formação clássica. No entanto, percebeu-se também a presença de um pensamento que se adapta às tendências modernas, para enfrentar as situações heterogêneas das escolas de Cruzeiro do Sul.
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