O artigo analisa o conto/filme A companhia dos lobos sob a perspectiva de dois campos de investigação: os estudos literários e os estudos sobre a psique humana. Depois de uma breve introdução, o texto apresenta referenciais da Psicanálise e da Gestalt-Terapia, com vistas a esclarecer o uso dos termos “agressividade” e “erotismo”. Na sequência, apresenta-se uma proposta de olhar para a sexualidade/erotismo e monstruosidade/agressividade nos contos de fadas, com atenção especial à obra Chapeuzinho Vermelho. Nesse viés, o foco se volta à versão literária de Angela Carter, A companhia dos lobos, bem como ao filme homônimo, dirigido e roteirizado por Neil Jordan, com corroteirização da própria Carter. A obra foi escolhida por usar certas referências intertextuais e simbólicas descritas no artigo. Por fim, a título de considerações finais, estimula-se um olhar ao erotismo e à agressividade sob tons e cores que os colocam em possibilidade de homeostase.