Cora Coralina e as pedras em seu caminho poético
Abstract
Este escrito tenta subsidiar professores e estudantes a trabalharem com poesia brasileira em suas aulas e seus estudos. Tenta-se mostrar, aqui, as várias possibilidades sensoriais que um bom poema pode nos fornecer, estimulando-nos a sentir com mais intensidade, a viver com mais fervor e a pensar com mais inventividade. Como exemplo da riqueza estética que a poesia pode fornecer, utilizo-me aqui das várias interpretações sobre “pedra” na poesia de Cora Coralina, uma das mais importantes e representativas poetisas de língua portuguesa, uma mulher interiorana que soube descrever cada pequeno detalhe interior e exterior da vida humana. Em sua obra poética a figura da pedra é recorrente e remete a uma grande variedade de referências da memória e interpretações de suas histórias pessoais, dando-nos a dimensão criativa desta poetisa de primeira linha. Devo lembrar, ainda, que as interpretações dadas por este escrito sobre o uso da palavra "pedra" na poesia de Cora Coralina são apenas sugestões imagéticas, pois elas evocam ideias associativas, de ordem abstrata e sensorial para cada leitor.
References
CANDIDO, Antônio. Na sala de aula: cadernos de análise literária. São Paulo: Ática, 2008.
COHEN, Jean. Estrutura da linguagem poética. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1973.
CORALINA, Cora. Meu livro de cordel. 18ª edição, São Paulo: Global, 2013.
DUQUE, Ireneo Martin; CUESTA, Marino Fernandez. Generos Literarios: iniciación a los estudios de literatura. 7ª edición, Madrid: Playor, 1982.
SCHLICHTA, Consuelo; TAVARES, Isis Moura. Artes Visuais e Música. Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2006.
SADDI, Maria Luiza Saboia. Os desenhos no céu: sonho e poesia. IN: Anais do 20º Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes (ANPAP). 2011, Rio de Janeiro, pág. 4000 a 4012.