Contos de fadas: coisa de criança? Como jovens leitores tem se relacionado com essas histórias na infância e na juventude
Palavras-chave:
Contos de fadas, Jovens leitores, Literatura e mídias.Resumo
Este artigo resulta de parte de uma pesquisa de Mestrado em Educação e tem por objetivo entender como se deu a relação com os contos de fadas entre um grupo particular de jovens leitores, da infância até os dias atuais. Para tal, lançamos mão de uma metodologia baseada na do grupo focal, segundo Gatti (2012), adaptada para o que ao final denominamos como um “grupo de discussão”, em que sete adolescentes de diferentes contextos foram reunidos para trocar impressões sobre essas histórias. Constatamos que para além de narrativas tradicionalmente relegadas à infância, os contos de fadas seguem instigando o interesse também dos adolescentes em novos formatos literários e midiáticos.
Referências
BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994.
BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas; Trad. Arlene Caetano. São Paulo: Paz e Terra, 2014.
COLOMER, Teresa. Introdução à Literatura Infantil e Juvenil Atual. São Paulo: Global, 2017.
______, Teresa. Andar entre livros: A leitura literária na escola. São Paulo: Global, 2007.
CORSO, Diana Lichtenstein; CORSO, Mário. Fadas no divã: Psicanálise nas Histórias Infantis. Porto Alegre: Artmed, 2006.
CUNHA, Maria Zilda da. O fantástico, seus arredores e figurações do insólito. In: CUNHA, Maria Zilda da; MENNA, Lígia (Orgs). Fantástico e seus arredores: figurações do insólito. São Paulo: FFLCH, 2017.
GATTI, Bernadete Angelina. Grupo focal na pesquisa em ciências sociais e humanas. Brasília: Liber Livro Editora, 2012.
GIROUX, Henry A. Animating youth: The Disneyfication of children's culture. In: Socialist Review, San Francisco, v. 24, n. 3, p. 23, 1994.
HAASE, Donald. Yours, Mine, or Ours? Perrault, The Brothers Grimm, and the Ownership of Fairy Tales. In: Merveilles & contes, Detroit, v. 7, n. 2., p. 383-402, dez. 1993.
HUNT, Peter. Crítica, teoria e literatura infantil. São Paulo: Cosac Naify, 2010.
MEREGE, Ana Lúcia. O Conto de Fadas: Origens, história e permanência no mundo moderno. São Paulo: Claridade, 2010.
NIKOLAJEVA, Maria. Fairy Tale and Fantasy: From Archaic to Postmodern. In: Marvels & Tales. vol. 17, n. 1, 2003, p. 138-156.
PETIT, Michèle. A Arte de ler ou como resistir à adversidade. São Paulo: Editora 34, 2009.
SALE, Roger. Fairy Tales. In: The Hudson Review. Princeton, v 30, n 3, p. 372 – 394, 1977.
SANDERS, Julie. Adaptation and Appropriation. New York: Routledge, 2006.
SILVA, Geysa; ROCHA, Luiz Fernando Matos et al. Quem conta um conto de fadas: uma introdução ao mundo da fantasia. Rio de Janeiro: Confraria do Vento, 2008.
SOARES, Lucas Gonçalves. Práticas de leitura literária em uma escola no campo no município de Canguçu/RS. 2016. 122f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação/FaE, Universidade Federal de Pelotas/UFPel, Pelotas, 2016.
TODOROV, Tzvetan. Introdução à Literatura Fantástica; Trad. Maria Clara Correa Castello. São Paulo: Perspectiva, 2012.
ZIPES, Jack. Break the Disney Spell. The Classic Fairy Tales: texts, criticism, ed. Maria Tatar. New York: WW Norton & Company, 1999.
______, Jack. Fairy Tales and the Art of Subversion: the classical genre for children and the processo f civilization. New York: Routledge, 2006.