Comissão de heteroidentificação

mecanismo necessário em processos seletivos

Autores

  • Fabiana Santos Souza Universidade Federal da Bahia (UFBA)
  • Josileide Veras de Sousa Universidade Federal de Goiás (UFG)

DOI:

https://doi.org/10.29327/268903.5.2-8

Resumo

Este relato justifica-se a partir de experiência particulares vividas por duas estudantes, que atuaram como membras da Comissão de Heteroidentificação, na Universidade Federal de Goiás (UFG), formada para o processo de matrículas em cursos de graduação, no ano de 2020. O cerne do relato está em exteriorizações subjetivas acerca do desenvolvimento e aplicação de ações afirmativas, especificamente, na aplicação da Lei 12.711/2012, que garante reserva de vagas a negros – de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) esse grupo é composto por pretos e pardos – indígenas e quilombolas. Desse modo, este relato visa observar, comentar e descrever a partir de olhares pessoais como atuou a Comissão de Heteroidentificação em um processo de matrículas específico, e como se comportaram alguns candidatos que estavam passando pelo processo. Importante pontuar que não está descrito aqui o olhar da universidade, e sim de duas estudantes, as quais na época estavam na graduação, sendo que uma cursava Ciências Sociais, com habilitação em Políticas Públicas e a outra em Letras Português.

Biografia do Autor

Fabiana Santos Souza, Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Graduanda em Letras Vernáculas; Universidade Federal da Bahia (UFBA). Defende e pesquisa sobre feminismo negro e, empenha-se, sobretudo, em lutas antirracistas. Interessa-se por temas como raça e racismo, gênero e sexismo, decolonialidade, atos de fala, ideologias linguísticas e interseccionalidade. Membra da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN). Bookstagramer ciberartivista em @fabianafabi_ . Cineclubista e Diretora Editorial do Cineclube Kalunga Goiás desde 2019.

Josileide Veras de Sousa, Universidade Federal de Goiás (UFG)

Bacharela em Ciências Sociais- Políticas Públicas pela UFG. Integrante do Núcleo de Estudos Africanos, Afro-descendentes e Indígenas (NEADI), da Faculdade de Educação da UFG. Criadora, mentora e redatora do Projeto de Lei que reserva vagas para negros, indígenas e quilombolas em órgãos sob administração do Governo de Goiás. Enquanto estudante do ensino superior obteve experiência em estudos na área de Ciência Política, com ênfase em Teoria Política Contemporânea ao participar das atividades do Programa de Pesquisa sobre Ativismo em Perspectiva Comparada (PROLUTA), foi coordenadora administrativa discente no projeto de extensão Politizar, gerenciando atividades de logística e análise quantitativa para a realização da simulação parlamentar. Já exerceu o cargo de direção geral e científica no Cineclube Kalunga Goiás. Trabalhou como pesquisadora do Observatório de Ações Afirmativas pela UFG analisando o rito procedimental da Comissão de Heteroidentificação Racial

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Publicado

2022-12-16

Como Citar

Santos Souza, F., & Veras de Sousa, J. (2022). Comissão de heteroidentificação: mecanismo necessário em processos seletivos. Das Amazônias, 5(02), 68–78. https://doi.org/10.29327/268903.5.2-8