Os Intelectuais na construção de uma Bahia imaginada entre as décadas de 1910 e 1950

Autores

  • Sura Souza Carmo Universidade Federal de Sergipe

DOI:

https://doi.org/10.29327/268903.4.1-14

Palavras-chave:

Intelectuais, Bahia, Imiginário, Discurso

Resumo

O presente artigo visa discutir as ações dos intelectuais baianos na construção de um imaginário relacionado a Salvador e a Bahia entre as décadas de 1910 e 1950 que culminaram na invenção da baianidade. A partir da caracterização de tais intelectuais, busca-se compreender a criação e difusão de diversos elementos da cultura soteropolitana em publicações e nas artes, criando-se um imaginário para a cidade que se torna também um imaginário da Bahia. Distinguem-se dois grupos de intelectuais: os vinculados ao IGHB, caracterizado pela valorização do apogeu colonial, e um segundo grupo, a Academia dos Rebeldes, de pensamento comunista, que valorizava elementos da cultura afro-baiana. O conceito de intelectual orgânico de Gramsci foi essencial para a compreensão da intelectualidade local como indivíduos profundamente emaranhados nas relações sociais, que pertencem a uma classe ou grupo social, mas também como força autônoma independente da classe onde circulam. A metodologia empregada foi à análise qualitativa de textos publicados em anais do IGHB, jornais e revistas, além de livros considerados como guias da baianidade, em que foram observados os diferentes discursos relacionados à cultural local. Os resultados obtidos demonstraram o caráter heterogêneo na intelectualidade baiana com a formação de grupos antagônicos, mas que, concomitantemente, atuaram em prol do desenvolvimento local através da valorização de aspectos culturais.

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Biografia do Autor

Sura Souza Carmo, Universidade Federal de Sergipe

Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio -PPGPMUS (UNIRIO/MAST).    

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Publicado

2021-06-19

Como Citar

Souza Carmo, S. (2021). Os Intelectuais na construção de uma Bahia imaginada entre as décadas de 1910 e 1950. Das Amazônias, 4(1), 175–189. https://doi.org/10.29327/268903.4.1-14

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