As mulheres se movimentam, as negras lutam 'desde sempre’
DOI:
https://doi.org/10.29327/210932.10.1-12Palavras-chave:
Mulheres. Negras. Movimentos sociais. ExperiênciasResumo
Este artigo foi produzido a partir de pesquisa de Doutorado, vinculada ao Programa de Pós-graduação Linguagem e Identidade, da Universidade Federal do Acre, com o objetivo de oferecer um pequeno recorte das narrativas de quatro mulheres negras do Estado do Acre, destacando fragmentos de suas trajetórias de vidas e memórias. Evidencia-se a infância, a juventude e o envolvimento de cada uma com os movimentos sociais e sindicais do Estado.Metodologicamente, consiste em ouvir e analisar narrativas, partindo do individual à percepção coletiva, apoiando-se, teoricamente, em referências de Foucault, Certeau, Bell Hoocks, W. Benjamin e A. Portelli. Algumas indagações sobre questões sociais, vivências de gênero e raça são apresentadas durante o percurso, vez que compõem o universo de análise. Propõe-se, assim, vê-las, por meio das narrativas, a fim de conhecer um pouco mais sobre o que acontece no universo das mulheres negras dos movimentos sociais do Estado Acre.
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