UMA REFLEXÃO SOBRE DISCURSO E PODER EM “CONTOS PROIBIDOS DO MARQUÊS DE SADE”
Abstract
O filme Contos Proibidos do Marquês de Sade é uma produção holliwoodiana realizada pelo Estúdio Fox Searchlight Pictures, incluído no gênero dramático, foi dirigido por Philip Kaufman e lançado no ano 2000 nos Estados Unidos. Partindo das concepções de Michel Foucault sobre discurso e poder, tem-se como objetivo, através deste trabalho, refletir acerca das relações entre essas noções foucaultianas e o filme “Contos Proibidos do Marquês de Sade”. O filme retrata de forma fenomenal a realidade da intervenção psiquiátrica em fins do século XVIII. O tratamento da loucura realizado pela Igreja é um dos temas abordados, apresentando uma sociedade que possui suas ações e pensamentos baseadas em um falso moralismo.
A história do filme Contos Proibidos do Marquês de Sade gira em torno de quatro personagens principais: o Marquês de Sade, o Médico Royer-Collard, o Abade de Coulmier e a Jovem camareira Madeleine LeClerc. O enredo do filme se passa quase que totalmente no espaço do Sanatório de Charenton, no qual se encontrava enclausurado o Marquês, que com o auxílio da jovem Madeleine enviava seus manuscritos para um cavaleiro que o levava para ser editado e distribuído. Nas palavras acima, o discurso é situado na “ordem das leis” e está intimamente ligado com o desejo e com o poder. Por apresentar-se como uma configuração de poderes e perigos, o discurso atua como importante elemento social, capaz de conferir voz aos sujeitos, sendo concomitantemente artefato de manipulação e resistência. Em toda sociedade, a produção discursiva é controlada, selecionada, organizada e distribuída, seguindo certos procedimentos que incluem poderes e perigos.
Palavras-chave: Discurso, Poder, Sade, Loucura, desrazão.
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