Este artigo analisa um encontro acadêmico entre cursos de licenciatura intercultural indígena de uma universidade pública no Sertão de Alagoas. Objetiva refletir sobre a formação inicial no curso de licenciatura em Pedagogia e seus reflexos na identidade, a partir da participação ativa nas bancas de avaliação, possibilitando uma imersão nas temáticas dos estudantes e nos processos de orientação. Além disso, a experiência de ministrar uma aula sobre ética na pesquisa científica proporcionou uma perspectiva prática sobre os desafios enfrentados pelos alunos. O evento suscita reflexões sobre a identidade do pedagogo e sua formação inicial. A metodologia baseou-se na observação participante e na análise qualitativa das apresentações dos projetos de conclusão de curso, contextualizando as observações à luz das teorias de Libâneo (2001; 2005), Pimenta (2017), Saviani (1996; 2005; 2012) entre outros. Concluiu-se que o curso de Pedagogia, especialmente na formação de pedagogos indígenas, enfrenta uma crise de identidade significativa, reforçando a necessidade de reformulação do curso.