DIFERENÇA DE GÊNERO E A POLÍTICA EDUCACIONAL DO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - PNE (2014-2024)

Authors

Keywords:

Currículo. Diferença de gênero. Plano Nacional de Educação.

Abstract

This text aims to discuss the possibility of thinking about the gender difference in the National Education Plan - PNE after the suppression of gender and sexuality terms in the original text of Bill 8,035 / 2010. The argument is based on the fact that the PNE, especially in its guideline III of Art. 2, shows erasures of the gender difference, but also gaps through which it is possible to make it emerge. When such a guideline replaces the gender and sexuality terms and mentions the “eradication of all discrimination forms” the gap appears. In this sense, it is impossible to speak about discrimination eradication without locating the discriminated object. Methodologically, the article is supported by post-structuralist theory and philosophy and explores themes such as gender, politics, curriculum, difference, education. It was concluded that it is possible to think about the gender difference through the gaps in educational policies, subverting the curriculum and making other ways of living possible.

References

AMARO, I. A docência no armário: o silenciamento das relações de gênero nos planos de educação. v. 24, n. 1, Passo Fundo, p. 139-159, jan./abr. 2017.


BHABHA, H. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003.


BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 jun. 2014.


BUTLER, J. Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria performativa de assembleia. 1ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.


__________. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 14ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017.


__________. Como os corpos se tornam matéria:entrevista concedida à Bauke Prins e Irene Costera Meijer. Revista Estudos Feministas, v. 10, n. 1, p. 151-167, 2002.


CANDAU, V. M. Cotidiano escolar e práticas interculturais. Cadernos de Pesquisa. v.46, n 161, jul/set, 2016.


CERTEAU, M. A cultura no plural. 7ª edição. Campinas: Papirus, 2012.


CONNEL, R; PEARSE, R. Gênero: uma perspective global. São Paulo: nVersos, 2015.


DERRIDA, J. Margens da filosofia. Campinas: Papirus, 1991.

FRANGELLA, R. Do silêncio e seus sons: “diferenças” na base Comum Curricular. In: LOPES, A. C; OLIVEIRA, A. L. A. R. M; OLIVEIRA, G. G. S. (Org.).Os gêneros da escola e o (im)possível silenciamento da diferença no currículo. Recife: Ed. UFPE, 2018.


__________. Um pacto curricular: o pacto nacional pela alfabetização na idade certa e o desenho de uma base comum nacional. Educação em Revista. Belo Horizonte, v.32, n. 02, p. 69-89, abr./jun. 2016.


HALL, S. A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções culturais do nosso tempo. Educação & Realidade, v. 22, n. 2, p. 15-46, jul./dez.1997.


LACLAU, E. Topos & Tropos, Córdoba, n.1, 2014. p. 1-7.


LOPES, A. C. (2015). Normatividade e intervenção política: em defesa de um investimento radical. In: LOPES, A. C; MENDONÇA, D. (Org.). A Teoria do Discurso de Ernesto Laclau: ensaios críticos e entrevistas. SP: Annablume, p. 117-1147.


__________. Democracia nas políticas de currículo. Cadernos de Pesquisa, v.42, n.147, p.700-715, set./dez. 2012.


LOPES, A. C; MACEDO, E. Teorias de Currículo. São Paulo: Cortez, 2011.


LOURO, G. L; FELIPE, J; GOELLNER, S. V. (Org.) Corpo, Gênero e sexualidade: um debate contemporâneo na educação. 8ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.


MACEDO, E. A teoria do currículo e o futuro monstro. In: LOPES, A. C; SISCAR, M. (Org.). Pensando a política com Derrida: responsabilidade, tradução, porvir. São Paulo: Cortez, 2018.


__________. Mas a escola não tem que ensinar?: Conhecimento, reconhecimento e alteridade na teoria do currículo. Currículo sem fronteiras, v. 17, n. 3, p. 539-554, set./dez. 2017.


__________. Base nacional comum para currículos: direitos de aprendizagem e desenvolvimento para quem? Educ. Soc., Campinas, v. 36, nº. 133, p. 891-908, out.-dez., 2015.


__________. Currículo e conhecimento: aproximações entre educação e ensino. Cadernos de Pesquisa, v.42, n.147, p.716-737, set./dez. 2012.


__________. Como a diferença passa do centro à margem nos currículos: o exemplo dos pcn. Educ. Soc., Campinas, vol. 30, n. 106, p. 87-109, jan./abr. 2009.


__________. Currículo como Espaço-Tempo de Fronteira Cultural. Revista Brasileira de Educação, v.11, n.32, pp.285 372, Maio/Ago 2006a.


__________. CURRÍCULO: Política, Cultura e Poder. Currículo sem Fronteiras, v.6, n.2, pp.98-113, Jul/Dez 2006b.


MAINARDES, J. Abordagem do ciclo de políticas: uma contribuição para a análise de políticas educacionais. Educação & Sociedade, Campinas, v. 27, n. 94, p. 47- 69, jan./abr. 2006.


MIGUEL, L. F. Da “doutrinação marxista” à “ideologia de gênero” - Escola Sem Partido e as leis da mordaça no parlamento brasileiro. Revista Direito & Práxis. Rio de Janeiro, vol. 07, n. 15, 2016, p. 590-621.


MARQUES, L. R. Contribuições da democracia radical e da teoria do discurso de Ernesto Laclau ao estudo da gestão da educação. In: MENDONÇA, D; RODRIGUES, L. P. (Org.). Pós-estruturalismo e teoria do discurso: em torno de Ernesto Laclau. 2. ed. – Porto Alegre: EDIPUCRS, 2014.


OLIVEIRA, M. E. B; FRANGELLA, R. C. P. A produção curricular nos cursos de formação de professores: entre a mesmidade e a diferença. In: TOMÉ, C; MACEDO, E. Currículo e diferença: afetações em movimento. Curitiba: CRV, 2018.


OLIVEIRA, A. L. A. R. M; OLIVEIRA, G. G. S. Políticas de gênero e sexualidade na educação brasileira: crises hegemônicas e novos eixos de disputa. In: LOPES, A. C; OLIVEIRA, A. L. A. R. M; OLIVEIRA, G. G. S. (Org.).Os gêneros da escola e o (im)possível silenciamento da diferença no currículo. Recife: Ed. UFPE, 2018.


PARAISO, M. A. Currículo, gênero e heterotopias em tempos do slogan “ideologia de gênero”. In: LOPES, A. C; OLIVEIRA, A. L. A. R. M; OLIVEIRA, G. G. S. (Org.).Os gêneros da escola e o (im)possível silenciamento da diferença no currículo. Recife: Ed. UFPE, 2018.


__________. Currículo e relações de gênero: entre o que se ensina e o que se pode aprender. Revista Linhas. Florianópolis, v. 17, n. 33, p. 206-237, jan./abr. 2016.


PINAR, W. Alegorias do presente: desenvolvimento de currículo em uma cultura de narcisismo e presentismo. In: PINAR, W. Estudos curriculares: ensaios selecionados. São Paulo: Cortez, 2016.


RANNIERY, T; MACEDO, E. Políticas do visível: diferença, teoria e democracia por vir. In: LOPES, A. C; OLIVEIRA, A. L. A. R. M; OLIVEIRA, G. G. S. (Org.).Os gêneros da escola e o (im)possível silenciamento da diferença no currículo. Recife: Ed. UFPE, 2018.


RANNIERY, T. Curriculo, sociedade queer e política da imaginação. Teias, v. 18, n. 51, 2017 (Out./Dez.): Micropolítica, democracia e educação.


__________. Corpos feitos de plástico, pó e glitter: currículos para dicções heterogêneas e visibilidades improváveis. 2016. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro/UERJ, Rio de Janeiro, 2016.


RODRIGUES, J; FACCHINI, R. “Ideologia de gênero”, atores e direitos em disputa: uma análise sobre o processo de aprovação do Plano Nacional de Educação (2013 2015). In: LOPES, A. C; OLIVEIRA, A. L. A. R. M; OLIVEIRA, G. G. S. (Org.).Os gêneros da escola e o (im)possível silenciamento da diferença no currículo. Recife: Ed. UFPE, 2018.


YOUNG, M. F. D. Por que o conhecimento é importante para as escolas do século XXI? Cadernos de Pesquisa. 2016, vol.46, n.159, pp.18-37.

Published

2020-05-29

How to Cite

LOPES DOS SANTOS, J. P. DIFERENÇA DE GÊNERO E A POLÍTICA EDUCACIONAL DO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - PNE (2014-2024). Communitas, [S. l.], v. 4, n. 7, p. 338–350, 2020. Disponível em: https://periodicos.ufac.br/index.php/COMMUNITAS/article/view/3370. Acesso em: 17 jul. 2024.