A condição órfica e solidária da poesia contemporânea
um exemplo na literatura brasileira (Armando Freitas Filho)
Palavras-chave:
Poesia contemporânea, Orfandade poética, Vanguardismo e tradição, solidariedade entre vozes e silêncioResumo
A poesia lírica moderna surge de rupturas tênues ou abruptas, entre meados do século XIX, até o início do século XX, levando ao modernismo. O sentimento de contemporaneidade se torna urgente para as novas gerações de poetas que vão surgindo, mas que não as livram de um sentimento de solidão e orfandade. O artigo intenta problematizar alguns aspectos importantes da relação entre os pais fundadores das experimentações vanguardistas e seus supostos epígonos. A grande explosão de vertentes na poesia lírica do século XX, ou seu diálogo com instâncias épicas e narrativas, promoveu uma renovação extraordinária em vários níveis. Os poetas mais recentes, que surgem da década de 1960 para cá, após a dissolução pós-moderna, encontram nas vozes do passado o esteio para novas e desconcertantes formas de expressão em um universo de referentes tão dissolutos, por meio da solidariedade de acenos. Signo e silêncio seguem unidos nesse sentido. Exemplificação com o poeta brasileiro Armando Freitas Filho.
Referências
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