Este estudo tem como objetivo analisar os trabalhos que apresentam estudos sobre a formação
continuada do professor alfabetizador, no período 2017 a 2022, e discutir quais são as implicações que a formação ou a falta dela pode trazer para o processo de ensino e aprendizagem na sala de aula. Com esse fim, foi realizado uma revisão de literatura sistemática com as palavras-chave: formação continuada, professor alfabetizador e formação do professor alfabetizador. As informações foram coletadas nas bases de dados Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (DBTD) e catálogo de teses e dissertações da plataforma da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Foram encontradas 43 dissertações e 6 teses, que somam 49 trabalhos. Considerando o recorte temporal,18 deles foram selecionados. Os resultados mostraram duas linhas divergentes: por um lado, há uma insatisfação por parte dos professores alfabetizadores diante da formação continuada, mostrando que os cursos não são eficazes em promover mudanças na prática dos docentes, resultando em uma discrepância entre as políticas de formação continuada e a sua concretização na prática. Por outro lado, há trabalhos que destacam um grande impacto nas metodologias dos professores alfabetizadores a partir da formação continuada, resultando na afirmação de que um professor bem formado tem mais condições de fazer intervenções na aprendizagem de seus alunos. Além disso, há uma grande necessidade de ter mais trabalhos sobre tal temática, principalmente teses, pois há somente 49 trabalhos sobre o assunto, sendo apenas 5 teses, considerando o recorte temporal.