Este artigo tem como objetivo analisar o prédio do 5º grupo escolar em Belém, como espaço difusor de conhecimentos e práticas republicanas. Para isso, utilizamos como fontes históricas o relatório do 5º grupo escolar do ano de 1909, mensagem do governador em 1907, o decreto nº 625 de 2 de janeiro de 1899 e o próprio espaço físico do prédio escolar. Para dar suporte à análise, dialogamos com autores da história e da cultura material, como Diana Vidal, Dominique Julia, Cesar Castro, Viñao Frago, Le Goff e outros. A pesquisa nos permitiu compreender que o espaço escolar também é pensado para servir ao modelo de educação vigente. Através dele pretendeu-se transmitir as noções de uma boa higiene, de modernidade, de respeitabilidade, de patriotismo. Cada espaço era amplamente vigiado pelos funcionários, utilizando-se inclusive de artefatos próprios do prédio, como as escadarias. A educação estava em toda parte, portanto o estudo dos prédios escolares se mostrou muito importante para contribuir com a história da educação no Pará e no Brasil.