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Demanda Contínua

v. 4 n. 7 (2020): BLACK MIRROR E EDUCAÇÃO

O PROFESSOR DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E AS REFORMAS EDUCACIONAIS: IMPLICAÇÕES NA SUA ATUAÇÃO POLÍTICA E PEDAGÓGICA

Enviado
novembro 15, 2019
Publicado
2020-05-29

Resumo

A presente pesquisa tem por objetivo identificar e analisar como o professor se posiciona e responde em termos de atuação profissional, às pressões da política educacional orientada para a busca de resultados (ou desempenho) dos alunos frente às avaliações em larga escala, nas escolas de Ensino Fundamental (anos iniciais), no município de Rio Branco, Acre. O foco é a relação estabelecida entre professor-reforma-estratégias que esse profissional tem desenvolvido frente às exigências que têm provocado alterações em seu trabalho. Para tanto, se apoia em referenciais teóricos, como: Torres (2009); Freitas (2012); Ball (2004); Oliveira (2004); Ximenes (2012), Contreras (2002) e Giroux (1997). Os sujeitos da pesquisa são professores da rede municipal de Educação de Rio Branco – Acre que atuam nos anos iniciais do Ensino Fundamental, priorizando-se os professores do 3º (terceiro) e 5º (quinto) anos. É um estudo de abordagem qualitativa com enfoque descritivo que visou à obtenção de dados com o suporte da entrevista semiestruturada e de questionário. A pesquisa identificou que significativas mudanças foram empreendidas na rede de ensino local com o regime de colaboração, reestruturando a organização do ensino, resultando em modificações no trabalho docente. Trabalho pedagógico dos professores tem sido direcionado por descritores do ensino e avaliações periódicas, tornando a ação do professor essencialmente regulada. Ao professor tem sido imputado a responsabilidade pelos resultados, produzindo como consequência a intensificação do seu trabalho e a restrição da autonomia profissional. As estratégias de enfrentamento têm se voltado fortemente para ações didático-metodológicas em detrimento às de natureza política.

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